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Julian Assange completa 4 anos refugiado em embaixada em Londres

O fundador do site WikiLeaks, Julian Assange, 44, completou neste domingo (19) quatro anos refugiado na embaixada do Equador em Londres, uma data marcada por manifestações em seu apoio em capitais europeias.

Julian Assange na Embaixada do Equador em Londres
Julian Assange na Embaixada do Equador em Londres REUTERS/Peter Nicholls
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Várias personalidades mostraram apoio ao "ciberguerreiro" com músicas e discursos em cidades como Atenas, Paris, Milão, Berlim e Bruxelas. Entre elas estavam os músicos Patti Smith, Brian Eno e PJ Harvey, o filósofo e ativista Noam Chomsky, o ex-ministro grego das Finanças Yanis Varoufakis, os cineastas Michael Moore e Ken Loach e a estilista Vivienne Westwood.

"Normalmente, fico muito isolado aqui na embaixada", contou Assange em um vídeo transmitido ao vivo. "É incrível sentir que tenho tanto apoio", acrescentou em seu discurso, que fez parte de vários atos de apoio ao ativista.

Em Madri, o ato de apoio a Assange, uma celebração organizada pelo jornal El Diario, contou com a participação do ex-juiz Baltasar Garzón. Para ele, o fundador do WikiLeaks é uma "vítima da perseguição política".

Já Chomsky diss que "o crime de Julian Assange foi violar os princípios fundamentais do governo, foi levantar o véu do sigilo que protege o poder do escrutínio".

Para Varoufakis, o tratamento de quase isolamento de Assange é uma tentativa de "matar qualquer indício de democracia".

Sistema judiciário manipulado

O sistema judiciário britânico "foi manipulado para permitir manter isolado um homem corajoso", considerou o cineasta Ken Loach. "Ele deveria poder sair desse lugar sem medo de ser extraditado e entregue àqueles que querem prejudicá-lo", acrescentou o ganhador da última Palma de Ouro, em sua mensagem de apoio.

Outros atos estão previstos para esta semana em capitais como Nova York, Quito, Buenos Aires e Montevidéu.

Assange se refugiou em 19 de junho de 2012 na sede diplomática equatoriana em Londres para evitar sua extradição para a Suécia, onde seria interrogado por delitos sexuais que ele nega.

Ele assegura que o pedido sueco é uma manobra para que ele seja entregue aos Estados Unidos, país onde teme ser condenado por ter vazado, em 2010, cerca de 500 mil documentos confidenciais sobre Iraque e Afeganistão e 250 mil registros de comunicações diplomáticas.

A plataforma WikiLeaks foi criada por Assange em 2006.

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