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Pedofilia

Cardeal australiano do Vaticano é interrogado por pedofilia

O cardeal George Pell, secretário de Finanças do Vaticano e principal representante australiano da igreja católica, foi interrogado pela polícia da Austrália, em Roma, em uma investigação sobre abusos sexuais de menores de idade. A informação foi divulgada nesta quarta-feira (26) pelas autoridades australianas, que não apresentaram acusações.

Foto de arquivo do cardeal australiano George Pell.
Foto de arquivo do cardeal australiano George Pell. REUTERS/Tony Gentile
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A polícia do estado de Victoria, na Austrália, informou em um comunicado que três investigadores do país viajaram a Roma, na semana passada, especialmente para interrogar o cardeal George Pell, de 75 anos, sobre acusações de abuso sexual de menores. "O interrogatório deve continuar. Não estamos preparados para fazer mais comentários neste momento", completa a nota divulgada nesta quarta-feira.

Em julho, o canal de televisão Australian Broadcasting Corporation (ABC) revelou o envolvimento de Pell em vários casos de pedofilia. Entre os episódios revelados, estão os depoimentos de dois homens, de pouco mais de 40 anos, que afirmam que o cardeal tocou seus órgãos genitais em várias ocasiões em uma piscina da cidade de Ballarat, no sul da Austrália, no verão de 1978/1979. Na época, o religioso era o vigário responsável por projetos de educação na diocese do local.

Outro relato recolhido pela emissora diz que o cardeal mostrou seu pênis para três meninos com idade entre 8 e 10 anos no vestiário de um clube de surf no verão de 1986-1987.

Pell denuncia campanha de calúnia

O religioso nega todas as acusações e denuncia um complô contra o seu nome. Em um comunicado divulgado por seu escritório, Pell alega que as acusações "fazem parte de uma campanha de calúnia empreendida pela ABC".

Nomeado em 2014 para ser o "ministro" da Economia do Vaticano, Pell já testemunhou, por videoconferência, em uma comissão de investigação australiana sobre acusações pedófilas contra religiosos no país. A maioria dos casos data dos anos 1970. Ao ser interrogado, o religioso reconheceu que a igreja católica passou por um período de "crimes e dissimulações".

Em agosto o papa Francisco defendeu o direito à presunção de inocência do cardeal australiano. "Temos que evitar os vereditos da imprensa baseados em fofocas", disse na época. Segundo o Sumo Pontífice, é preciso esperar o resultado das investigações e evitar "qualquer julgamento midiático".

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