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Linha Direta

Itália aposta na prevenção com onda de terremotos

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No centro da Itália, a terra não para de tremer e o governo está providenciando acomodações para milhares de desabrigados dos últimos terremotos.

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Gina Marques, correspondente da RFI em Roma

Desde domingo, foram mais de 700 réplicas, algumas com intensidade entre 4 e 5 graus na escala Richter. Muitas pessoas perderam casa e trabalho. O governo está providenciando acomodações para 40 mil desabrigados, entre eles muitos idosos, mas diversas pessoas se recusam a ir para os hotéis e residências colocadas à disposição. Mais de 100 cidadezinhas foram atingidas em quatro regiões: Marche, Umbria, Abruzzo e Lazio. Os vilarejos de Visso e Aquata del Tronto, na região Marche, foram completamente destruído.

Plano de proteção

A Itália adotou um plano de educação contra os terremotos, mas ele não é aplicado. São necessárias simulações com a população para ensinar o que fazer em caso de terremoto, para diminuir o número de vítimas. Por exemplo, o terremoto de 24 de agosto no centro da Itália com intensidade de 6,2 na escala Richter causou 300 mortos.

Os últimos três tremores, de 26 e 30 de outubro, ocorridos na mesma região, sendo que o mais recente teve 6,5 na escala Richter, não provocaram nenhuma vítima. A resposta está na prevenção. As pessoas já estavam mais preparadas, no entanto, é fundamental reforçar as construções. Muitos edifícios antigos precisam de sistemas de reforço e traves para aumentar a resistência.

Os especialistas alertam que o governo deveria revigorar os incentivos econômicos para que os proprietários recebessem vantagem imediatas em adequar os imóveis com sistemas mais apropriados. Mas os problemas são os custos.

Custos econômicos do terremoto

Segundo as estimativas do governo, são necessários quase € 8 bilhões para reconstruir as cidades do centro da Itália atingidas pelos terremotos de agosto e outubro. O plano prevê trinta anos para "reparação, reconstrução, assistência à população, a recuperação econômica" dos territórios devastados de Abruzzo, Lazio, Marche e Umbria.

No entanto, é importante lembrar que o terremoto de Abruzzo, com 6,3 na escala Richter,  custou até agora € 12 bilhões. Depois de 7 anos, o centro histórico ainda não foi totalmente reconstruído e muitos desabrigados não puderam voltar para suas casas.
 

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