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Correios, trens e British Airways entram em greve no Reino Unido

Os carteiros britânicos iniciaram nesta segunda-feira (19) uma greve que pode se tornar a mais longa de sua história e se somaram, assim, aos grevistas do setor ferroviário e da British Airways, às vésperas das festas de Natal.

Carteiros começaram greve hoje no Reinod Unido
Carteiros começaram greve hoje no Reinod Unido Divulgação
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Um total de 3.500 funcionários dos Correios, membros do sindicato CWU, protestam até sexta-feira (23) contra a supressão de postos de trabalho e mudanças em seu regime de aposentadoria.

O movimento afetará centenas de agências em todo o país em meio à aproximação do Natal, o período mais movimentado do ano.

Mil funcionários do grupo postal Royal Mail (privatizado em 2013), encarregados da distribuição, ameaçam se solidarizar com seus companheiros dos Correios.

Por sua vez, os membros do poderoso sindicato RMT (Rail, Maritime and Transport Union) da companhia Southern Railways anunciaram que prosseguiam com sua greve lançada na semana passada.

300 mil usuários afetados

O movimento afeta os 300 mil usuários dos trens que unem o sul da Inglaterra e Londres. Centenas de milhares de passageiros ficaram sem serviço de trem na última sexta-feira (16) pelo terceiro dia.

No setor da aviação, cerca de 2 mil membros da tripulação da companhia aérea British Airways (15%) votaram por entrar em greve, em particular no dia de Natal, para pedir um aumento do salário.

O sindicato Unite, que convocou o movimento, afirma que os funcionários contratados a partir de 2010 têm salários tão baixos que precisam dormir em seus carros entre os voos.

No entanto, serão realizadas negociações nesta segunda-feira entre os funcionários e a empresa. Pilotos da companhia Virgin Atlantic e funcionários do serviço de bagagens ameaçam realizar ações similares.

Incerteza econômica

O caos provocado pela greve ferroviária levou um deputado do mesmo partido da primeira-ministra conservadora, Theresa May, a pedir o endurecimento das leis para fazer greve em infraestruturas essenciais.

Um vídeo que mostra o presidente do sindicato RMT declarando que deseja "derrubar o governo", divulgado no domingo pelo Sunday Times, aumentou ainda mais as tensões.

Uma fonte no seio de Downing Street considerou, no entanto, nesta segunda-feira que apenas a negociação pode colocar fim a esses movimentos sociais: "Convocamos os sindicatos a vir se sentar à mesa de negociações", indicou o jornal The Guardian.

As causas das diferentes greves,  que vão desde o tema das aposentadorias até as condições de trabalho, não têm relação aparente entre si, opina Tom Kerr Williams, assessor em assuntos de emprego no gabinete PwC, citado pelo jornal City A.M.

"No entanto, esses movimentos têm em comum o fato que afetam funcionários que sofrem uma incerteza provocada pela pressão econômica", acrescenta.

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