Conselho Europeu defende fechamento da rota migratória entre Líbia e Itália
O presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, assegurou nesta quinta-feira (2) que "chegou a hora de fechar a rota" migratória entre Líbia e Itália, um objetivo, em sua avaliação, ao "alcance" dos europeus.
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A declaração foi dada um dia antes de os chefes de Estado europeus abordarem a questão em uma cúpula informal em Valeta, capital de Malta.
"Posso lhes assegurar que está ao nosso alcance. O que precisamos é uma total determinação de fazê-lo", acrescentou o presidente do Conselho, em coletiva de imprensa, em Bruxelas, ao lado do chefe de governo de unidade nacional líbio, Fayez al Sarraj.
“A União Europeia (EU) demonstrou capacidade de fechar rotas migratórias", disse Tusk, em alusão ao pacto fechado, em março de 2016, com a Turquia, que reduziu consideravelmente a chegada de migrantes à costa grega, a maioria sírios fugindo da guerra.
Cifras recorde em 2016
As chegadas à costa italiana alcançaram cifras recorde em 2016, com mais de 180 mil migrantes. Cerca de 4.500 pessoas perderam a vida tentando a travessia.
Al Sarraj mostrou a predisposição de seu governo para frear o fluxo de migrantes e lutar contra o tráfico de seres humanos, embora tenha exigido à UE adotar mecanismos "mais concretos" para ajudar seu país e uma maior ajuda econômica.
A Comissão Europeia propôs no fim de janeiro um apoio reforçado à guarda costeira líbia e às agências da ONU que socorrem os migrantes na Líbia, mas ainda precisa convencer sobre uma maior contribuição financeira aos países do bloco.
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