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Cabecear bola no futebol não causa lesões, diz Fifa

A polêmica sobre danos cerebrais relacionados com jogadas de cabeça no futebol ganhou mais um episódio nesta quinta-feira (16), depois da Fifa insistir que não existem elementos que provem a relação entre o fato de cabecear e as lesões.

Estudo do Instituto Neurológico investiga jogadores que teriam morrido por demência avançada, após sofrerem lesões por cabecearem a bola.
Estudo do Instituto Neurológico investiga jogadores que teriam morrido por demência avançada, após sofrerem lesões por cabecearem a bola. REUTERS/Sergei Karpukhin
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A Fifa decidiu se posicionar depois do resultado de um estudo sobre jogadores que teriam morrido por demência avançada, após sofrerem lesões por cabecearem a bola. "Não existe nenhuma prova ou evidência sobre o efeito negativo de cabecear uma bola de futebol", contestou a Fifa em resposta a investigação do Instituto Neurológico de Londres, que denuncia a relação entre as mortes de jogadores e os passes aéreos.

"Os resultados das provas não são conclusivos", insiste o comunicado da organização. A Fifa garante também que o futebol não faz parte dos esportes cujas práticas podem desenvolver lesões no cérebro e crânio ao longo do tempo. O instituto britânico revelou, por outro lado, que atletas profissionais têm tendência a sofrerem doenças cerebrais como demência, que normalmente é detectada em jogadores de futebol americano ou lutadores de boxe.

A investigação, publicada na revista científica "Acta Neuropathologica", avaliou 14 ex-futebolistas que praticam o esporte desde criança. A autópsia realizada demonstrou que seis deles sofriam de encefalopatia traumática crônica (CTE), ou seja, 42% dos atletas. A porcentagem é muito maior que os 12% da população em geral.

A primeira vez que a doença é confirmada em ex-jogadores profissionais

"Os resultados da investigação mostram que existe uma relação entre jogar futebol e sofrer CTE", insiste a pesquisadora Helen Ling.

Ling explica que os 14 jogadores que fizeram parte do estudo foram ao neurologista por pelo menos uma vez, entre 1980 e 2010. Doze deles morreram por conta de um estágio avançado de demência. A Fifa, por outro lado, alega que dedicou os últimos 15 anos para estudar este fenômeno por meio de investigações científicas e grupos de trabalho especiais.

A entidade também se baseia no resultado de outro estudo realizado com crianças de 7 a 12 anos. A pesquisa demonstrou que os casos de danos cerebrais durante a prática do esporte acontece, em média, uma vez a cada 200 mil horas de jogo.

(Com informações da AFP)

 

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