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Engajamento dos EUA na Otan é inabalável, garante vice-presidente americano

O Vice-presidente americano, Mike Pence, martelou neste sábado (18) que engajamento dos Estados Unidos na Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) é "inabalável". O discurso, no segundo dia da Conferência sobre Segurança de Munique, visou tranquilizar os aliados europeus sobre as intenções do presidente Donald Trump. Na abertura dos debates de hoje, a chanceler alemã Angela Merkel convocou os países a resistir à tentação de se fechar em si mesmos.

O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, durante seu discurso na Conferência de Segurança de Muinique, neste sábado 18 de fevereiro de 2017.
O vice-presidente dos EUA, Mike Pence, durante seu discurso na Conferência de Segurança de Muinique, neste sábado 18 de fevereiro de 2017. REUTERS/Michaela Rehle
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Mike Pence disse que estava em Munique, a pedido de Donald Trump, para transmitir a mensagem que os Estados Unidos apoiam com firmeza a Otan. O vice-presidente americano, que discursava pela primeira vez diante de dirigentes político-militares mundiais, reiterou várias vezes que falava em nome de Trump.

Lembrando os valores comuns de democracia, justiça e Estado de Direito entre seu país e a Europa, ele garantiu que os Estados Unidos continuarão a ser os maiores aliados dos europeus. No entanto, ele reafirmou com firmeza as exigências americanas de um maior compromisso financeiro dos outros parceiros da Otan. "A defesa europeia pede tanto o nosso envolvimento quanto o vosso (...) e a promessa de dividir esse encargo há muito tempo não é cumprida", criticou Pence.

Merkel faz apelo para que países não se fechem

A chanceler alemã, Angela Merkel, aconselhou na Conferência de Munique que os países não se fechem em si mesmos diante das ameaças globais, neste momento em que o nacionalismo ganha força no Ocidente. "Em um ano em que enfrentamos incríveis desafios (...) seguiremos atuando juntos ou cairemos em papéis individuais? Convoco vocês a conquistarmos juntos um mundo melhor", pediu Merkel.

Ela também salientou que a Alemanha fará esforços e conhece suas responsabilidades, mas que os europeus não podem ganhar o combate contra o terrorismo radical islâmico sem a potência dos Estados Unidos. Merkel ressaltou ainda ser necessário buscar reforçar a cooperação da Rússia na luta contra a ameaça jihadista, sem no entanto ceder sobre o conflito na Ucrânia e o apoio de Moscou aos separatistas do leste-ucraniano.

Na sexta-feira (17), primeiro dia da Conferência sobre Segurança de Munique, a ministra alemã da Defesa, Ursula van de Leyen, e vários dirigentes europeus pediram aos Estados Unidos que não ameacem a coesão da União Europeia e que desconfie de Moscou. Em diferentes ocasiões, Donald Trump elogiou o Brexit, que criou uma crise no bloco, e chamou a Otan de organização "obsoleta".

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