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Suecos se unem contra o terrorismo em "manifestação pelo amor"

Dois depois do atentado com um caminhão que atropelou pedestres no centro de Estocolmo, matando quatro pessoas e ferindo 15, milhares de suecos se reuniram neste domingo (9), perto do local do drama. O motorista uzbeque foi identificado e um segundo suspeito foi detido pela polícia.

Milhares de pessoas levaram flores para homenagerar as vítimas e se unir ante o terrorismo
Milhares de pessoas levaram flores para homenagerar as vítimas e se unir ante o terrorismo REUTERS/Gideon Malherb
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Os habitantes da capital sueca, abalados pelo ataque, convocaram no Facebook uma "manifestação pelo amor" perto do local do incidente. Milhares de pessoas atenderam ao chamado, comparecendo com flores e o desejo de demonstrar união neste momento doloroso para todos.

Prisões e investigações

A polícia deteve na sexta-feira (7) o suposto autor do atentado, um uzbeque de 39 anos, conhecido dos serviços secretos e que se encontra em prisão preventiva. Vários meios de comunicação suecoso  identificaram neste domingo  como Rajmat Akilov, um trabalhador e pai de família uzbeque, que estava no país clandestinamente.
Os jornais Expressen e Aftonbladet foram os primeiros a publicar o nome do suspeito e fotos desfocadas de sua imagem.

As autoridades suspeitam que na sexta-feira ele roubou um caminhão com o qual avançou contra dezenas de pessoas em uma das ruas de pedestres mais movimentadas do centro de Estocolmo, Drottninggatan, antes de se chocar contra a fachada de uma grande loja de departamentos.

O ataque, classificado de ato terrorista pela procuradoria sueca, deixou quatro mortos e 15 feridos. "Nada indica que temos o homem errado. Pelo contrário, nossas suspeitas se reforçaram", estimou o diretor da polícia sueca, Dan Eliasson.

O ataque ainda está cercado de incógnitas. Não se sabe até agora qual foi a motivação do autor, assim como sua trajetória e as circunstâncias que o levaram à Suécia.

A polícia sueca deteve um segundo suspeito neste domingo, segundo a juíza Helga Hullman, do tribunal de Estocolmo. "Uma segunda pessoa está em prisão preventiva", afirmou a juíza, sem especificar quais eram os vínculos desta pessoa com o principal suspeito.

Vítimas e homenagens

Os mortos no atentado são dois suecos, um britânico e um belga, informou neste domingo a polícia sueca.
Entre os 15 feridos, 10 pessoas - nove adultos e uma criança - continuam hospitalizadas, incluindo quatro em estado grave.

O atentado abalou o país nórdico, que costuma se orgulhar de sua abertura e tolerância. No sábado, centenas de pessoas se reuniram perto das barreiras de segurança, próximo ao local do incidente, onde depositaram flores.
As bandeiras ondeavam neste fim de semana a meio mastro nos edifícios públicos.

Na segunda-feira (10) ao meio-dia (7h00 em Brasília) será realizada uma cerimônia em homenagem às vítimas, anunciou o primeiro-ministro, Stefan Lofven, que depositou no sábado flores em frente à loja onde o caminhão terminou seu ataque.

A Suécia só havia sofrido um atentado até agora. Foi em dezembro de 2010, quando um suicida detonou seus explosivos na mesma rua de pedestres, ferindo levemente várias pessoas.

Em Oslo, um novo detido

Em Oslo, capital da vizinha Noruega, a polícia desativou neste domingo um artefato suspeito "parecido com uma bomba" perto do centro e prendeu um homem. Os agentes encontraram o artefato no bairro de Grønland, uma área muito movimentada da capital norueguesa, onde bares e restaurantes foram esvaziados. Segundo a polícia, o dispositivo parecia ter um potencial destrutivo limitado. Os serviços de segurança interior (PST) abriram uma investigação.

 

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