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Reino Unido/Atentado

Doze pessoas são detidas por ataque em Londres; testemunha diz que "esfaqueavam por Alá"

A polícia britânica anunciou neste domingo (4) a detenção de 12 pessoas no bairro de Barking, na zona leste de Londres, na investigação do atentado de sábado na London Bridge e em Borough Market, que deixou sete mortos e 48 feridos.

Policial acompanha mulher detida no bairro de Barking, em Londres.
Policial acompanha mulher detida no bairro de Barking, em Londres. REUTERS/Hannah McKay
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Barking, onde morava pelo menos um dos três terroristas, é um bairro modesto do leste de Londres. Agentes da unidade antiterrorista da Polícia Metropolitana continuavam a efetuar buscas na área.

Ontem à noite, três homens atropelaram com uma van pedestres que atravessavam a London Bridge, antes de descer do veículo e esfaquear várias pessoas em uma área de bares e restaurantes ao redor do mercado vizinho. Os três agressores foram mortos pela polícia.

Entre os feridos estão quatro franceses, um espanhol e um australiano, de acordo com seus respectivos governos. Gerard Vowls, de 47 anos, que estava assistindo a final da Liga dos Campeões no pub Ship, afirmou ao jornal The Guardian que viu o momento em que esfaquearam uma mulher de 10 a 15 vezes. "Ela dizia 'me ajuda', 'me ajuda', e não pude fazer nada", lamentou. Vowls jogou cadeiras, vasos e garrafas na direção dos agressores para tentar afastá-los da mulher. "Eles voltaram para tentar me esfaquear. Quero saber se a mulher está bem. Estou chorando há uma hora e meia, dando voltas, não sei o que fazer", disse, muito abalado.

Outra testemunha, Alex Shellum, disse à BBC que estava em um bar na London Bridge com amigos quando "uma mulher ferida entrou e pediu ajuda". "Ela sangrava muito no pescoço, parecia que haviam cortado o seu pescoço. As pessoas tentaram estancar a hemorragia". Gerard, que também estava na área, disse à BBC que viu um homem dando pelo menos dez facadas em uma jovem. "Estavam esfaqueando todo mundo. Corriam e gritavam: 'Isto é por Alá!'", relatou.

Premiê britânica atribui ataque a "ideologia do mal do extremismo islâmico"

Após uma reunião extraordinária de seu comitê de segurança, a primeira-ministra Theresa May disse que o país enfrenta "uma nova forma de ameaça", na qual os autores dos atentados "copiam uns aos outros" e se inspiram em "uma ideologia do mal do extremismo islâmico".

"O terrorismo alimenta o terrorismo e os autores passam ao ato não com base em complôs cuidadosamente preparados, e sim porque são agressores que copiam uns aos outros utilizando os meios mais ordinários", disse May em Downing Street após a reunião. Vencer a ideologia islamita "é um dos grandes desafios do nosso tempo", completou, antes de ressaltar que a resposta não deve ser apenas realizar operações antiterroristas continuamente, e sim levá-la ao terreno das ideias, às redes sociais e à internet "para evitar a propagação".

Quase todos os partidos suspenderam a campanha para as eleições neste domingo, mas esta continuará "amanhã (segunda-feira) e as eleições gerais acontecerão como estava previsto na quinta-feira, 8 de junho", disse May.

Trata-se do terceiro ataque terrorista num intervalo de três meses no Reino Unido, depois das ações nas proximidades do Parlamento britânico, em março, e no show da cantora americana Ariana Grande, no dia 22 de maio em Manchester.

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