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Reino Unido

Depois de suspense, premiê britânica tenta formar novo governo

Após horas de suspense quanto ao futuro do Parlamento britânico, está agora claro que o Partido Conservador deve conseguir formar uma coalizão para continuar no governo. 

Partido Conservador da premiê britânica, Theresa May, deve fazer aliança com o Partido Democrata Unionista, da Irlanda do Norte.
Partido Conservador da premiê britânica, Theresa May, deve fazer aliança com o Partido Democrata Unionista, da Irlanda do Norte. REUTERS/Toby Melville
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Maria Luisa Cavalcanti, correspondente da RFI em Londres

Assessores de Theresa May confirmaram nesta sexta-feira (9) que ela deve comparecer ao Palácio de Buckingham dentro de algumas horas para cumprir com a formalidade de pedir à rainha Elizabeth a permissão para formar uma maioria capaz de governar. 

Para obter a maioria, os Conservadores precisariam ter ganho 326 cadeiras no Parlamento, mas ficou com pouco menos do que isso, 318 cadeiras. É com uma possível aliança com um partido da Irlanda do Norte que Theresa May agora formar a maioria da casa. O Partido Democrata Unionista conseguiu 10 cadeiras e se disse disposto a se aliar com os Conservadores exigindo, em troca, uma postura mais flexível em relação ao Brexit.

Corbyn exige renúncia de May

Os partidos de oposição, no entanto, ainda exigem a renúncia de Theresa May. Os Trabalhistas, liderados por Jeremy Corbyn, tiveram um resultado surpreendente, conquistando 262 assentos – 29 a mais do que conseguiram em 2015.

Corbyn, que nos últimos dois anos enfrentou críticas e pedidos de renúncia dentro do próprio partido, sai desta eleição fortalecido. Segundo analistas, o que pesou a favor de Corbyn foi sua popularidade entre os eleitores mais jovens. Essa parcela do eleitorado compareceu em massa às urnas – cerca de 70% dos jovens registrados para votar fizeram questão de exercer seu direito. Em 2015, apenas 40% deles foram votar.

Consequências

O resultado das eleições deve afetar a maneira como o Reino Unido vai negociar sua saída da União Europeia. O chamado "hard Brexit", ou o "Brexit duro", defendido por Theresa May, provavelmente terá de dar lugar a negociações mais diplomáticas e que coloquem na mesa os interesses dos cidadãos europeus vivendo no Reino Unido e o possível acesso dos britânicos ao mercado comum europeu.

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