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Itália

Devido a seca histórica, Roma pode enfrentar racionamento de água

A capital italiana, Roma, enfrenta uma seca histórica e pode ter que instaurar um racionamento de água a partir deste sábado (29), já que não deve chover nos próximos dias.

Seca histórica pode levar a racionamento em Roma
Seca histórica pode levar a racionamento em Roma Reuters
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Foi Nicola Zingaretti, governador da região do Lácio, onde fica Roma, que lançou o alerta devido ao nível excessivamente baixo do lago Bracciano. O local fica a cerca de 30 km ao norte da capital e contribui com 8% da água potável da cidade.

Qualificando a situação de "grave" e considerando que havia "um risco de catástrofe ecológica", Zingaretti ordenou a interrupção da captação de água do lago.

Uma decisão contestada pela companhia hídrica de Roma, que a considera "um ato ilegítimo, anormal e inútil em relação ao objetivo de preservação do lago”, segundo o diretor da empresa, Paolo Saccani.

“Não há alternativa: ou ele levanta a interdição ou seremos obrigados a realizar o racionamento ou a diminuir a pressão da água”, completou.

Estado de emergência

Outros municípios da região também sofrem com a falta de chuvas, e 10 entre eles pedem que seja declarado estado de emergência.

Neste verão particularmente seco, faltam 20 bilhões de m3 de água no país, o equivalente ao lago de Como (norte da Itália), que tem 146 km² de superfície.

Em todo o território nacional, a temperatura média desde o início do ano é 0,9 grau mais alta que o normal. Segundo os serviços meteorológicos, a Itália teve a primavera mais seca em 60 anos e “um déficit de chuva de 33% em relação à média dos primeiros seis meses do ano".

Não há previsão de queda da temperatura nem de precipitações nos próximos dias. Porém o ministro do Meio Ambiente, Gian Luca Galletti, rebate o que chama de "alarmismo". “Já evitamos antes situações de emergência graças à nossa ação de vigilância e ficaremos atentos à evolução das condições atmosféricas nos próximos dias", declarou.

Produção agrícola

A situação do rio Po, o mais longo do país (652 km) e do qual dependem 35% da produção agrícola nacional, é considerada preocupante, com um nível de água 50 cm mais baixo em relação ao mesmo período do ano passado. A informação é do sindicato agrícola Coldiretti, o mais importante do país.

A entidade estima que as perdas sofridas pelos agricultores e pelos pecuaristas “ultrapassam € 2 bilhões” e que dois terços do território estão em situação de “dificuldade hídrica”.

A produção de cereais caiu 30% na região da Lombardia (norte), os vinhedos sofreram no nordeste, assim como os campos de oliveiras na Puglia e na Calábria (sul) e os tomates e as frutas na Emilia-Romagna.

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