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Brexit

Sobe o número de empresas em dificuldade financeira no Reino Unido

O número de empresas em dificuldade financeira no Reino Unido aumentou em 25% em um ano, segundo um estudo publicado nesta segunda-feira (31), que associa os resultados às negociações do Brexit, que devem durar até março de 2019.

Brexit: sonho de Thatcher pode virar pesadelo das novas gerações.
Brexit: sonho de Thatcher pode virar pesadelo das novas gerações. Mouche/RFI
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De acordo com Begbies Traynor, um escritório britânico especializado em empresas em falência, quase 330.000 companhias se encontram em dificuldade de pagar suas dívidas.

O aumento de 25% é o mais importante registrado desde o segundo trimestre de 2014 e o número de companhias presentes na lista é o mais alto em cinco anos, segundo um comunicado. As pequenas e médias empresas são as mais afetadas, mas a quantidade das sociedades de grande porte que estão em dificuldade também aumentou em 12%.

"Uma desaceleração recente na economia intensificou a pressão financeira sobre as empresas britânicas e as pequenas e médias estão aguentando o peso dessas dificuldades, ao mesmo tempo em que enfrentam as incertezas ligadas às negociações em torno do Brexit", comentou Ric Traynor, diretor geral da Begbies Traynor.

Aumento da inflação

O estudo cita também a desconfiança relacionada aos resultados das últimas eleições britânicas, em que o partido conservador perdeu sua maioria absoluta. Os setores com maior número de empresas em dificuldade financeira são o imobiliário e a construção, que aumentaram em 32% e 22%, respectivamente.

Os mercados que dependem das despesas domésticas também foram afetados pela inflação e pela diminuição do poder de consumo. O número de empresas em dificuldade subiu em 22% no setor do lazer, 17% na distribuição e no automobilístico e 16% nos bares e restaurantes.

“Com a chegada do segundo semestre de 2017, é perturbador ver que um número importante de empresas, em especial pequenas e médias, enfrentam essa instabilidade. Essas companhias, que são a coluna vertebral da nossa economia, precisam de ser o mais robustas possível para apoiar o crescimento do Reino Unido pós-Brexit”, declarou Julie Palmer, uma das responsáveis de Begbies Traynor.

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