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Catalunha

Juíza espanhola emite ordem de captura europeia contra Puigdemont

Uma juíza espanhola emitiu nesta sexta-feira (3) uma ordem europeia de busca e captura contra o presidente destituído catalão Carles Puigdemont e quatro de seus ministros, investigados por rebelião e sedição por seu papel na declaração de independência na Catalunha, informou a Assembleia Nacional.

Imagem de vídeo de Carles Puigdemont em que ele lê um texto sobre  "O governo legítimo da Catalunha", após saber da ordem de prisão emitida por juíza espanhola em 3 de novembro de 2017.
Imagem de vídeo de Carles Puigdemont em que ele lê um texto sobre "O governo legítimo da Catalunha", após saber da ordem de prisão emitida por juíza espanhola em 3 de novembro de 2017. TV3 via REUTERS TV SPAIN OUT
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A ordem para capturar e prender Puigdemont e seus colaboradores está dirigida às autoridades judiciais belgas, onde "aparentemente estão os cinco investigados" que não se apresentaram perante a Justiça espanhola, informou o alto tribunal em Madri.

Antes disso, Carles Puigdemont disse nesta sexta-feira, de Bruxelas, que está disposto a se candidatar nas eleições de 21 de dezembro, na Espanha, mesmo que tenha de fazer campanha do exterior - revelou ele em entrevista à emissora belga RTBF.

"Estou disposto a ser candidato", declarou à RTBF, em uma entrevista gravada em francês, na qual acrescentou: "quero ser um mensageiro para nossos concidadãos".

Na mesma entrevista, Puigdemont denunciou "a enorme influência da política sobre o poder judicial na Espanha", em uma entrevista em francês na RTBF.

Prisões já efetuadas

Um juiz da Audiência Nacional, um tribunal especializado em casos sensíveis que se encontra em Madri,condenou e prendeu ontem o vice-presidente Oriol Junqueras e outros sete membros do governo demitido que se apresentaram em seu escritório. Eles seguem presos.

Um nono - que se demitiu antes da proclamação da "República" - foi liberado na sexta-feira, sob fiança.

O encarceramento foi unanimemente condenado pelos separatistas, que reivindicam a natureza "pacífica" de sua mobilização por anos e o referendo de autodeterminação banido a partir de 1º de outubro.

Como no dia anterior, vários milhares de manifestantes clamaram, na sexta-feira à noite em Barcelona, pela libertação de "ministros", reivindicando sua confiança no "presidente legítimo" da Catalunha.

"Estou aqui porque me oponho a ter prisioneiros políticos", disse Melanie Ortiz, de 27 anos, em meio a uma multidão cantando "Liberdade" e "Viva a República".

Bruxelas acusa recebimento

Bruxelas já acusou o recebimento da solicitação. "Será estudada e, depois, será entregue a um juiz de instrução", afirmou o porta-voz da Procuradoria Federal belga, Eric Van der Sijpt.

A juíza Carmen Lamela emitiu o mandado depois que Puigdemont e seus colaboradores não compareceram na quinta-feira para depor e após a magistrada rejeitar a possibilidade de que pudessem fazê-lo por videoconferência.

"Nenhum dos cinco solicitantes [...] explica os motivos" para depor por essa via e "sequer apontam seu domicílio na Bélgica a fim de poder arbitrar a videoconferência", explicou o texto.

(Com informações da AFP)

 

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