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Alemanha, Crise política

Alemanha enfrenta incertezas após fracasso na formação de coalizão

As negociações para a formação de um governo de coalizão entre conservadores, liberais e ecologistas fracassaram em Berlim e ameaçam o futuro da chanceler Angela Merkel. Os liberais, do partido FDP, renunciaram ao projeto ontem à noite (19) após mais de um mês de negociações.

A chanceler Angela Merkel durante negociações para formação de um governo de coalizão em 19 de novembro de 2017.
A chanceler Angela Merkel durante negociações para formação de um governo de coalizão em 19 de novembro de 2017. REUTERS/Axel Schmidt
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O presidente do FDP, Christian Lindner, declarou preferir não governar a fazer um mau governo. As políticas migratória e de combate ao aquecimento global foram os principais pontos de atrito. Conservadores e liberais defenderam restrições à entrada de novos refugiados sírios e afegãos no país, mas os verdes não aceitaram a medida. Também não houve acordo sobre o fechamento das centrais de carvão.

Os ecologistas disseram que um acordo era possível, apesar das diferenças, e acusaram o FDP de negociar de má fé. Angela Merkel também lamentou o resultado e afirmou que fará todo o possível para que o país seja bem dirigido nas próximas semanas. No entanto, o resultado paralisa o governo e compromete o futuro da chanceler e do país.

Angela Merkel poderia perder cargo

Merkel, que defende uma política imigratória polêmica, foi obrigada a fazer aliados inesperados depois de não ter conseguido uma maioria nas eleições de setembro.

A chanceler se reúne nesta segunda-feira (20) com o presidente Frank-Walter Steinmeier para discutir suas opções. Como a Constituição não fixa um prazo para a formação do governo, três opções estão em jogo. Merkel poderá tentar uma reaproximação com os social-democratas do SPD, o que é pouco provável, já que eles preferem ficar na oposição; a segunda hipótese é a formação de um governo minoritário, símbolo de instabilidade no Parlamento; e a última opção seria a convocação de novas eleições em 2018.  

No caso de novas eleições, Merkel, que comanda o país há 12 anos, pode perder apoio dentro de seu próprio partido, já que alguns podem se questionar se ela é a melhor pessoa para liderar uma nova campanha eleitoral. A população também não está confiante no futuro da chanceler. Em uma pesquisa de opinião do Welt Online, 61.4% dos entrevistados afirmaram que o colapso das negociações significa o fim da era de Merkel como chanceler.

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