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França

Guerra verbal: Macron rebate Bashar após crítica de apoio ao terrorismo

O presidente francês, Emmanuel Macron, descreveu na terça-feira (19) como "inaceitável" a forte crítica feita no dia anterior pelo presidente sírio, Bashar al-Assad, que acusou a França de "apoio ao terrorismo".

Macron considera críticas de Bashar al-Assad como inaceitáveis
Macron considera críticas de Bashar al-Assad como inaceitáveis REUTERS/Philippe Wojazer
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"Nós fomos consistentes desde o início, lutando contra um único inimigo, o Estado Islâmico, na Síria”, rebateu Macron depois de receber a visita do secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg.

"É por isso que as críticas são inaceitáveis" porque "se alguém lutou e pode ganhar até o final de fevereiro, a coalizão internacional", acrescentou. "O povo sírio tem um inimigo, que se chama Bashar al-Assad", disse ele, referindo-se aos milhões de sírios que fugiram de seu país desde a revolta reprimida em 2011, no rescaldo da Primavera árabe.

Segundo o presidente francês, "se queremos construir um processo de paz que conduza à estabilidade, temos que colocar as partes interessadas ao redor da mesa". "Este é um processo onde os representantes de Bashar al-Assad estarão lá, porque ele é agora o chefe do país, mas é essencial que todas as oposições estejam presentes e nós tenhamos um processo político e eleitoral que permita que todos os sírios se expressem".

Emmanuel Macron acredita que não será possível construir uma paz duradoura e uma solução política sem a Síria e os sírios. “Eu não acredito que a Síria possa ser resumida em Bashar al-Assad", acrescentou o presidente francês.

Bashar al-Assad disse na segunda-feira (18) que "a França tem sido o suporte padrão do apoio ao terrorismo na Síria desde os primeiros dias do conflito.” Ele estava se referindo ao apoio de Paris aos rebeldes que lutaram contra seu regime desde 2011 e que Damasco chama de "terroristas".

Pavio curto

O ministro francês das Relações Exteriores, Jean-Yves Le Drian, declarou em Washington nessa segunda-feira (18) que "para alguém que passou tanto tempo massacrando o próprio povo, ele precisa ser mais discreto".

A última rodada de negociações entre o regime sírio e a oposição da ONU terminou quinta-feira (14) em Genebra sem avanços. Até a data, nenhuma das tentativas de se encontrar uma saída para o conflito sírio foi bem-sucedida, tendo o destino do presidente Assad como principal obstáculo.

 

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