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Europa

Separatistas catalães conquistam maioria absoluta com 80% dos votos apurados

O ex-presidente do executivo Catalão Carles Puigdemont pode retornar à presidência do região. Os resultados parciais das eleições, realizadas nesta quinta-feira (21), apontam a maioria absoluta e coloca os movimentos separatistas em primeiro lugar.

Mais de 5 milhões de catalães foram convocados a votar nessas eleições
Mais de 5 milhões de catalães foram convocados a votar nessas eleições REUTERS/Eric Gaillard
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De acordo com as projeções, após a contagem de 76% dos votos, as coligações separatistas já tinham 70 eleitos, dois a mais do que a maioria absoluta dos 135 lugares no Parlamento.

Mais de 5 milhões de catalães foram convocados a votar nessas eleições realizadas em um dia útil, algo incomum na Espanha. Apesar disso, a participação foi mais alta do que em 2015, quando já tinha batido recorde.

Duas horas antes do encerramento das votações, prevista para as 20 horas (horário local), mais de 68% dos eleitores já tinham comparecido às urnas. Analistas estimam que a participação será determinante, especialmente na periferia de Barcelona, pouco favorável ao separatismo.

Com um de seus principais líderes na prisão, Oriol Junqueras, e o outro, o presidente destituído Carles Puigdemont, na Bélgica, os separatistas buscam revalidar a maioria absoluta parlamentar conquistada há dois anos.

Voto a voto

Segundo pesquisas de sondagem, o resultado deve ser apertado entre partidários e opositores à criação de uma república independente nesta região mediterrânea de 7,5 milhões de habitantes, responsável por 20% da riqueza espanhola.

Muitos eleitores lembraram do ocorrido no referendo de independência de 1º de outubro, proibido pela justiça espanhola, como na escola Ramón Llull de Barcelona, um dos locais de votação com forte presença policial.

"A lembrança desse dia está mais viva do que nunca, ainda sinto a impotência e a raiva", disse à AFP Xavier Roset, um pintor de 57 anos.

No extremo oposto, os eleitores pró-Madri se mobilizavam para acabar com um processo separatista que, segundo eles, fez fechar mais de 3 mil empresas da região e tem complicado as relações sociais.

"Muitos de nós pensávamos que a independência era para conquistar mais autonomia, mas que não era tão radical, tão unilateral", explicou Jaume Amargant, de 53 anos, funcionário de uma empresa de segurança.

As eleições foram convocadas excepcionalmente pelo governo espanhol de Mariano Rajoy depois de intervir na autonomia regional e destituir o executivo do separatista Carles Puigdemont.

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