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Munique/Conferência

May quer manter cooperação com UE na área de segurança após Brexit

Líderes mundiais e especialistas em defesa participam neste sábado (17) da tradicional Conferência de Segurança de Munique, na Alemanha. Eles discutem conflitos mundiais, como a guerra na Síria, e a segurança na Europa após a saída do Reino Unido da União Europeia, em 2019.

Theresa May discursa na Conferência de Segurança de Munique.
Theresa May discursa na Conferência de Segurança de Munique. REUTERS/Hannibal Hanschke
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A primeira-ministra britânica, Theresa May, presente ao encontro, quer manter uma relação privilegiada com a União Europeia após o Brexit, mantendo a troca de informações de inteligência entre os Estados e cooperação estreita na luta contra o terrorismo, a imigração clandestina e a proliferação de ciberataques. May insistiu na necessidade "urgente" de assinar um acordo com os vizinhos. Antes do encontro, ela foi criticada por ter insinuado que iria atrelar a cooperação na área de defesa a um acordo comercial privilegiado com Bruxelas.

"Esta não é uma época, na qual possamos permitir que nossa cooperação se veja inibida, que a segurança dos nossos cidadãos seja posta em perigo por uma competição entre sócios, rigidez institucional e ideologias arraigadas", afirmou a líder britânica em um trecho de seu discurso. "Devemos fazer o que for mais útil, mais pragmático para garantir nossa segurança coletiva", acrescentou.

Comunicado incomum

Falando poucos minutos antes de May, o ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Sigmar Gabriel, se mostrou conciliador. Gabriel disse que o Reino Unido contribuiu durante vários anos para a defesa da União Europeia. "Nós devemos tentar manter relações tão próximas e produtivas quanto possível após o Brexit", declarou o alemão.

Na sexta-feira (16), os diretores dos serviços de Inteligência Estrangeira britânicos (MI6), franceses (DGSE) e alemães (BND) se manifestaram em conjunto – o que é incomum – para garantir que o Brexit não prejudicará sua cooperação.

As negociações entre britânicos e europeus progridem lentamente, devido a divergências na área comercial.

O reforço da aliança entre França e Alemanha, sem enfraquecer a Otan, também está na agenda de discussões. O presidente americano, Donald Trump, pressiona os europeus a assumir mais gastos com sua própria defesa. O presidente francês, Emmanuel Macron, já aumentou significativamente o orçamento da França nessa área e a Alemanha propõe, no acordo de coalizão que está em negociação com os sociais-democratas, maior protagonismo na segurança do bloco.

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