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Noruega

Noruega decide proibir armas semiautomáticas, dez anos após massacre de Utøya

A Noruega vai proibir as armas semiautomáticas a partir de 2021. A decisão, anunciada nesta terça-feira, é tomada dez anos após o massacre cometido pelo extremista de direita Anders Behring Breivik no país.

O uso de armas semiautomáticas será proibido a partir de 2021 na Noruega.
O uso de armas semiautomáticas será proibido a partir de 2021 na Noruega. REUTERS/Wolfgang Rattay
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Tirando lições do drama que deixou 69 mortos na ilha de Utøya em 2011, o governo de direita – minoria no Parlamento – apresentou no ano passado um projeto de proibição de armas que são carregadas automaticamente. "Hoje, parece que uma maioria parlamentar cerrou fileiras atrás da proposta do governo. As armas semiautomáticas serão, então, proibidas na Noruega”, declarou o conservador Peter Frølich, responsável pelos assuntos de Justiça no Parlamento.

Em um relatório publicado em 2012, uma comissão já havia proposto a proibição de armas semiautomáticas no país, em meio a 31 recomendações. "Essa decisão é uma boa coisa, mesmo que chegue tarde", reagiu a presidente do grupo de apoio às vítimas do massacre de Utøya, Lisbeth Kristine Røyneland.

A lei prevê algumas exceções, sobretudo, para os atiradores profissionais. "Isso levou tempo, porque temos muitos caçadores na Noruega que têm armas semiautomáticas", explicou Frølich. Além disso, a proibição só entra em vigor em 2021.

Breivik estava armado com um fuzil semiautomático Ruger Mini-14 e com uma pistola Glock. Ele matou 69 pessoas – adolescentes em sua maioria. O atirador abriu fogo por quase 1h15 contra um acampamento de verão da Juventude Trabalhista, em 22 de julho de 2011. Pouco antes, ele já havia deixado oito vítimas em um atentado a bomba contra a sede do governo em Oslo. Ele foi condenado em 2012 a uma pena de 21 anos de prisão, que pode ser prolongada por tempo indeterminado.

A decisão norueguesa acontece no momento em que o debate sobre o porte de armas volta com força nos Estados Unidos, após um tiroteio que deixou 17 mortos, entre alunos e professores, em uma escola de Ensino Médio da Flórida, em 14 de fevereiro.

(Com informações da AFP)

 

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