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Reino Unido/espiões

Polícia britânica busca provas de envenenamento de ex-espião russo

A polícia britânica vasculhou nesta terça-feira (6) um restaurante italiano em busca da substância que envenenou o ex-espião russo Sergei Skripal, 66 anos. Ele foi encontrado no domingo praticamente inconsciente ao lado de sua filha, Yulia, de 33 anos, em um banco próximo a um shopping em Salisbury, no sul da Inglaterra.

Captura de vídeo mostra Sergei Skripal, ex-coronel do serviço de inteligência militar GRU da Rússia, durante audiência no tribunal do distrito militar de Moscou, Rússia, 9 de agosto de 2006.
Captura de vídeo mostra Sergei Skripal, ex-coronel do serviço de inteligência militar GRU da Rússia, durante audiência no tribunal do distrito militar de Moscou, Rússia, 9 de agosto de 2006. RTR/via Reuters TV
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O restaurante que está sendo vistoriado pertence à rede de comida italiana Zizzi. Skripal, um coronel russo que repassava informações para o serviço secreto britânico, foi condenado a 13 anos de prisão na Rússia em 2006, mas em 2010 mudou-se para o Reino Unido, depois de uma troca de espiões feita entre os dois governos. O porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, afirmou "não ter nenhuma informação" sobre o caso.

Nascido em 23 de junho de 1951, Skripal trabalhou até 1999 no serviço de inteligência do Exército russo e chegou à patente de coronel. De 1999 a 2003, ele atuou no Ministério das Relações Exteriores. Em 2004, foi detido e acusado de "alta traição" por ter repassado ao serviço de inteligência britânico, em troca de mais de US$ 100.000, informações sobre as identidades de agentes secretos russos que trabalhavam na Europa. Segundo a agência TASS, Skripal teria sido recrutado pelos britânicos em 1995.

Caso Litvinenko levanta suspeitas

Mark Rowley, comandante da polícia antiterrorista, pediu cautela. "Mas, ao mesmo tempo, temos de ser conscientes das ameaças de Estado, como demonstrou o caso Litvinenko", completou. Litvinenko, outro espião russo que se tornou inimigo do Kremlin, morreu em 2006 depois de ser envenenado. Agentes russos colocaram polônio em seu chá em Londres.

Sua viúva Marina Litvinenko disse à imprensa que teve uma sensação familiar ao observar as imagens dos investigadores com suas roupas de proteção amarelas procurando a substância que envenenou Skripal. As investigações concluíram que Putin estava provavelmente a par do assunto.

Em resposta, Londres se limitou a impor sanções aos dois suspeitos do assassinato de Litvinenko, que nunca foram julgados e retornaram à Rússia. Andrei Lugovoi, um dos suspeitos do assassinato de Litvinenko, que é atualmente deputado na Rússia, acusou o Reino Unido de "fobias" e afirmou que o envenenamento de Skripal poderia ser usado para prejudicar a imagem da Rússia a poucos dias da eleição presidencial.

(Com informações da AFP)

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