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Alemanha/Economia

Economia sólida assegura aumento salarial ao funcionalismo na Alemanha

Na semana passada, uma greve mobilizou mais de 150 mil trabalhadores na Alemanha, que reivindicavam a transformação dos bons resultados econômicos do país em aumento salarial. Nesta quarta-feira (18), o movimento alcançou seus objetivos com o anúncio de um acordo entre sindicatos do funcionalismo público e o governo federal alemão.

O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer (esq) e o líder sindical Frank Bsirske, durante a assinatura do acordo salarial para o funcionalismo público na Alemanha.
O ministro do Interior alemão, Horst Seehofer (esq) e o líder sindical Frank Bsirske, durante a assinatura do acordo salarial para o funcionalismo público na Alemanha. Bernd Settnik / dpa / AFP
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O acordo salarial vai beneficiar mais de dois milhões de funcionários. Eles terão um aumento de 7,5%, em dois anos e meio. Parte da revalorização salarial, de 3,19%, será retroativa, valendo desde 1° de março de 2018. Em abril de 2019, os funcionários terão um novo aumento de 3,09% e, um ano depois, um último reajuste de 1,06%.

Além disso, os salários mais baixos vão receber um bônus excepcional de € 250. O acordo também prevê, visando uma maior transparêcia, a mudança das grades salariais.

As sólidas receitas fiscais, um excedente orçamentário recorde, uma pequena taxa de desemprego (de 3,6%) e juros baixos apoiam a retomada do consumo na Alemanha e garantem a robustez no país.

Aumentos salariais também no setor privado

A alta salarial no funcionalismo público alemão acontece após um importante acordo, concluído em fevereiro, no setor metalúrgico do país. Os quase 4 milhões de trabalhadores da categoria conquistaram 4% de aumento até 2019 e uma redução da jornada de trabalho.

O Banco Central Europeu (BCE) acompanha de perto essas conquistas. Uma onda de aumento salariais no bloco poderia relançar a inflação na zona do euro, que foi de apenas 1,3% em março. Um cenário positivo que poderia levar ao BCE aumentar sua margem de manobra e a reduzir as medidas de apoio a economia europeia, adotadas após a crise de 2008.

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