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Espanha/ política

Socialista Pedro Sánchez assume a chefia de governo da Espanha

O socialista espanhol Pedro Sanchez assumiu neste sábado (2) a chefia de governo da Espanha, depois da saída de Mariano Rajoy, que ocupou o cargo por seis anos e meio. Nesta manhã, Sánchez prestou juramento ao rei espanhol, Felipe VI, no palácio da Zarzuela, perto de Madri.

Socialista Pedro Sánchez (e.) presta juramento ao rei Felipe VI, no palácio de Zarzuela, perto de Madri. (02/06/2018)
Socialista Pedro Sánchez (e.) presta juramento ao rei Felipe VI, no palácio de Zarzuela, perto de Madri. (02/06/2018) Fernando Alvarado/Pool via REUTERS
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Na sexta-feira (1º), Rajoy, do Partido popular (PP), foi alvo de uma moção de censura no Parlamento, apresentada pela oposição. No total, 180 deputados votaram a favor da moção, quatro a mais do que o necessário para afastar o líder conservador.

Apesar de já ter um novo primeiro-ministro, o novo governo espanhol ainda não está formado. O líder socialista, um economista de 46 anos sem experiência no poder, só passará a comandar de fato o país quando publicar a lista de ministros no diário oficial, o que deve ocorrer nos próximos dias.

Sánchez promete dar prioridade à "emergência social" na Espanha, que enfrenta níveis de desemprego superiores a 15%, apesar da retomada econômica iniciada durante os anos Rajoy. Para destituir o agora ex-premiê, Sánchez organizou uma complexa coalizão formada pela esquerda radical do partido Podemos, os separatistas catalães e os nacionalistas bascos. No total, oito forças políticas votaram nesta sexta-feira.

União conveniente, porém frágil

Ele apostou na opção da fragmentação da Câmara, uma estratégia denunciada pelo porta-voz do PP no Congresso, Rafael Hernando, que criticou uma coalizão de "extremistas, radicais e independentistas que desejam acabar com o projeto de Espanha".

O novo chefe de Governo reconheceu que certamente terá dificuldades para governar: com 84 deputados, ele terá o menor apoio parlamentar da Espanha democrática. Mas, com um tom otimista, o socialista reiterou o "compromisso com a Europa" e a estabilidade macroecômica. Também reiterou a oferta de diálogo ao governo separatista da Catalunha, que assumiu oficialmente nesta sexta-feira. O gesto permite prever a retirada da tutela imposta à região desde outubro, em consequência à tentativa frustrada de secessão.

O socialista admitiu que "é evidente que temos que seguir para eleições gerais" e defendeu um "consenso para o horizonte eleitoral". A convocação de eleições é uma exigência do partido liberal Cidadãos, rival do PP na direita que registra bons números nas pesquisas.

"Eu não quero um governo zumbi da corrupção, mas tampouco quero um governo Frankenstein com os que querem liquidar a Espanha", advertiu o líder dos Cidadãos, Albert Rivera, indignado com o apoio dos separatistas catalães à moção socialista. Sem eleições antecipadas, a legislatura terminará em meados de 2020.

União dos europeus

O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, expressou sua plena confiança no novo presidente do governo espanhol e afirmou desejar que a Espanha "continue contribuindo de maneira construtiva para uma Europa mais forte, unida e justa". Já o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk, enfatizou, em carta de felicitações, que a "unidade europeia é agora mais necessária do que nunca".

Com informações da AFP

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