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Itália/ França

Fundador do Movimento 5 Estrelas vê semelhanças entre seu grupo político e os "coletes amarelos"

O fundador do Movimento 5 Estrelas (M5S), o humorista italiano Beppe Grillo, disse que os "coletes amarelos" na França compartilham as mesmas aspirações que seu partido na Itália, salvo em relação ao preço do combustível.

O ministro italiano Luigi Di Maio, braço direito de Beppe Grillo, fala na manifestação ao ar livre do partido 5-estrelas no Circo Massimo em Roma, Itália, em 20 de outubro de 2018.
O ministro italiano Luigi Di Maio, braço direito de Beppe Grillo, fala na manifestação ao ar livre do partido 5-estrelas no Circo Massimo em Roma, Itália, em 20 de outubro de 2018. REUTERS/Max Rossi
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"Os coletes amarelos não falam apenas de impostos, mas também de uma renda mínima, de aposentadorias mais elevadas... Todos esses temas nós promovemos (na Itália)", afirma Grillo, em entrevista publicada neste domingo (9) no jornal "Il Fatto Quotidiano".

Grillo se envolveu na política em 2007, com grandes manifestações contra a velha classe política.

Fruto desse movimento, o M5S obteve um quarto das cadeiras nas eleições legislativas de 2013 e, este ano, tornou-se a primeira força política na Itália, com 32,5% dos votos. Com isso, conseguiu fazer parte do governo com uma coalizão com a Liga, de extrema direita.

Espontaneidade

Por seu caráter espontâneo, pela transversalidade de suas reivindicações, pela dificuldade de serem rotulados politicamente e apesar de não contarem com um líder, ou estrutura, organizacionais, os "coletes amarelos" foram, no início, comparados com o M5S.

Grillo simpatiza com o movimento francês, mas lamenta sua oposição ao aumento do imposto sobre combustíveis. "Foi a única medida justa que Macron tomou", comentou o comediante.

O combustível "deveria ser muito mais caro", defendeu.

"Se levarmos em conta os efeitos negativos provocados pelos carros, deveria custar o dobro do que agora", insistiu Grillo.

Para o fundador do M5S, os dirigentes políticos deveriam anunciar um aumento progressivo até chegar a "quatro euros o litro em quatro anos".

(Com informações da AFP)

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