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Espanha/eleições

Espanha: rejeição de orçamento de Pedro Sánchez pode levar a eleições antecipadas

O Parlamento espanhol rejeitou nesta quarta-feira (13) o projeto de orçamento de 2019 do governo socialista de Pedro Sánchez, o primeiro apresentado desde sua chegada ao poder em junho, o que abre o caminho para uma possível antecipação das eleições no país.

O primeiro-ministro Pedro Sánchez, nesta quarta-feira (13), durante votação na Câmara dos Deputados.
O primeiro-ministro Pedro Sánchez, nesta quarta-feira (13), durante votação na Câmara dos Deputados. REUTERS/Sergio Perez
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Com 191 votos a favor e 158 contrários, a Câmara dos Deputados aprovou seis emendas ao total apresentado pela oposição de direita e os separatistas catalães, o que significa que os orçamentos foram rejeitados. O governo de Sánchez é minoritário no Parlamento, com apenas 84 deputados de 350.

Sánchez deixou a Câmara alguns minutos após a votação, sem fazer declarações. Ao chegar ao poder, o socialista havia prometido a convocação de eleições, mas acabou mudando de ideia e decidiu apresentar um orçamento para tentar se manter no governo até 2020.

Imprensa especula datas de pleito

O cenário disparou as apostas eleitorais. Enquanto aguardam o pronunciamento do presidente, são tratadas como possíveis datas de avanço legislativo os dias 28 de abril ou 26 de maio, coincidindo neste caso com as eleições municipais, regionais e europeias.

A derrota socialista sobre o orçamento acontece no dia seguinte à abertura em Madri do processo histórico de doze dirigentes independentistas catalães implicados na tentativa de independência da Catalunha em 2017.

Os independentistas catalães foram fundamentais para permitir que Sánchez se tornasse chefe do governo espanhol, ao apoiar uma moção de censura contra o conservador Mariano Rajoy. As discussões do governo com os independentistas foram rompidas na semana passada.

Rumo a uma maioria de direita?

Segundo o analista Antonio Barroso, da consultoria Teneo, Sánchez “não é legalmente obrigado” a convocar eleições, uma vez que é possível prorrogar o último orçamento. Mas isso seria “dificilmente justificável” em termos políticos.

Várias pesquisas apontam o Partido Populista (PP), o Ciudadados (liberais) e o Vox, de extrema-direita capazes de formar uma maioria a nível nacional. Como já fizeram em janeiro, ao vencer no reduto socialista da Andaluzia, no sul. “Uma maioria de direita é possível, mas não é algo certo”, estima Antonio Barroso.

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