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Copa do Mundo Feminina / França / Recorde

Futebol francês festeja recorde de audiência na abertura do Mundial feminino

O presidente da Federação Francesa de Futebol (FFF), Noël Le Graët, destacou neste sábado (8) os números “incríveis” da audiência atingida durante o jogo de abertura do Mundial feminino. A partida entre França e Coreia do Sul terminou com uma goleada das francesas (4-0).

Amandine Henry festeja após marcar o quarto gol na goleada de 4-0 sobre a Coreia do Sul, 07/06/2019
Amandine Henry festeja após marcar o quarto gol na goleada de 4-0 sobre a Coreia do Sul, 07/06/2019 REUTERS/Christian Hartmann
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“É incrível. Não podia imaginar que haveria tantas pessoas em frente da televisão. Não somente franceses, mas foi um sucesso em muitos países da Europa. Creio que atingimos 40 milhões de espectadores. Acredito que seja um recorde para uma partida de futebol feminino”, festejou Le Graët na sede da FFF em Paris.

O principal nome da FFF agradeceu o trabalho dos jornalistas que “souberam ‘vender’ o evento”. “Houve uma divulgação importante da mídia que começou há mais de um mês. O Parque dos Príncipes estava lotado. É impressionante. Não imaginava que iriamos chegar a esse patamar”, afirmou.

O canal de televisão TF1 divulgou os números da partida que chegou há um pico de audiência de 11 milhões de espectadores na França e uma média de quase 10 milhões ao término do encontro. A título de comparação, a primeira partida da seleção masculina na Copa da Rússia registrou 12,6 milhões em audiência.

Para Le Graët, o interesse dos franceses pela seleção feminina deve crescer ainda mais. “Era o jogo de abertura, ou seja, era importante. Mas eu acho que todos que assistiram a partida gostaram do que viram e tenho certeza de que vão assistir aos próximos jogos”, afirmou. “As francesas estão jogando muito bem. Dá prazer em torcer. Hoje, temos 15 jogadoras que podem ser titulares absolutas, o que não era o caso há alguns anos”, concluiu.

Seleção Brasileira

No Brasil, também há a expectativa para um número alto de telespectadores. Pela primeira vez, a principal emissora do país, a Rede Globo, irá transmitir os jogos do mundial feminino na televisão aberta.

Um reconhecimento que agrada o técnico brasileiro Vadão. “Eu acho ótimo. A gente vive se queixando, no Brasil, que a grande mídia não dá valor ao futebol feminino, então quando chega no mundial ou na Olimpíada, é quando a grande mídia aparece. Então nós precisamos disso. É obvio que a pressão aumenta, mas para nós não importa. Culturalmente o Brasil é um país de muita pressão em cima do futebol, independentemente de ser feminino ou masculino. O masculino sofre uma pressão mil vezes maior do que o feminino. Mas o feminino, nessas ocasiões, também é pressionado”, explicou Vadão.

A Copa do Mundo de futebol feminino na França está apenas em sua oitava edição. A primeira só aconteceu em 1991, 61 anos depois da criação da competição masculina. Nos últimos anos, grandes estrelas do esporte vêm lutando para conquistar os mesmos salários que os homens.

A boa notícia é que pouco a pouco o futebol feminino vai crescendo: o investimento para a Copa do Mundo em 2019 dobrou em comparação com a competição anterior, em 2015. Mas como lembra o coordenador de seleções femininas da CBF, Marco Aurélio Cunha, ainda há muito a ser feito. “Eu costumo dizer que o futebol masculino é uma via congestionada pré-feriado, quando você vai para a praia. O outro lado, o oposto, é o feminino. Ninguém voltando. Então temos uma via congestionada, o futebol masculino, onde praticamente tudo já foi feito, e o feminino, que é uma via aberta para ideias, novos recursos, novos jogos, uma visão diferente do mesmo futebol. Então eu acho que há uma grande oportunidade, neste momento, de se desenvolver”, concluiu.

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