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Começa disputa pelo cargo de primeiro-ministro britânico

Começou nesta segunda-feira (10) a disputa para saber quem será o sucessor de Theresa May como líder do Partido Conservador britânico. O escolhido ficará com o cargo de primeiro-ministro e com a responsabilidade de concluir de vez o Brexit. Um dos candidatos, Sam Gymah, decidiu na última hora não depositar sua candidatura.

Brexit será fator decisivo na escolha de primeiro-ministro britânico.
Brexit será fator decisivo na escolha de primeiro-ministro britânico. REUTERS/Hannah Mckay
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O grande favorito é o ex-ministro das Relações Exteriores, Boris Johnson, que já prometeu reduzir os impostos das classes média e alta. Seu projeto é subir de £ 50 000 a £ 80 000 a faixa mínima anual de rendimento para que os trabalhadores comecem a pagar 40% de taxas.

O custo da medida é estimado em £ 9,6 bilhões por ano e seria financiado, segundo Johnson, pelo dinheiro que foi reservado no orçamento para enfrentar as possíveis consequências do Brexit, segundo o jornal Daily Telegraph.

Além disso, Johnson ameaçou no fim-de-semana não pagar a conta do Brexit, caso se torne primeiro-ministro, e recebeu uma resposta ríspida da França. Em um comunicado, o governo francês lembrou a importância de pagar uma dívida tão importante. A “fatura” do Brexit correspondente aos compromissos financeiros de Theresa May, que aceitou fazer depósitos aos próximos orçamentos europeus, um valor que vai de £ 35 a 39 bilhões.

Fator decisivo

Além de Johnson, sete homens e duas mulheres brigam pela vaga deixada por May. Eles precisam ser apoiados por oito parlamentares conservadores cada um, que participarão em seguida de várias sessões de votação para reduzir, pouco a pouco, o número de candidatos.

“No fim, restam apenas dois”, explica Pauline Schnapper, especialista em Sociedade Britânica Contemporânea e professora da Sorbonne, entrevistada pela RFI. “Em seguida, a escolha final é dada aos filiados ao Partido Conservador, que costumam ser mais radicais que os parlamentares. Portanto, deve ser favorizado aquele que tiver um discurso mais forte em relação ao Brexit.”

Entre eles, o chefe da diplomacia britânica, Jeremy Hunt, que deseja ter uma relação menos conflituosa com a União Europeia – e aparece como o segundo favorito da corrida política. Nesta segunda-feira, Hunt afirmou que esperava conseguir um novo acordo com o bloco. “Segundo minhas conversas com dirigentes europeus, eles querem que formulemos propostas”, disse.

Já o candidato Dominic Raab defende uma linha dura e leva sua campanha sob o tema “Construir uma Grã-Bretanha mais justa”. “Sou o apoiador do Brexit com o qual vocês podem contar. Se a UE nos obrigar a partir, poderemos usar os £ 39 bilhões reservados no orçamento para ajudar as empresas a superar a transição.”

Matt Hancock, que exclui a possibilidade de deixar a UE sem acordo, prometeu um “novo começo” para o país. Com uma campanha favorável ao empresariado, ele faz um discurso direcionado aos jovens britânicos. Já Andrea Leadsom, uma das mulheres que se candidatou ao cargo, falou em “saída controlada” do bloco.

O sucessor de Theresa May deve ser escolhido até o fim de julho.

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