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Rússia/ acidente

Russos correm atrás de iodo para se proteger de radiação após explosão

Os moradores da região de Arkhangelsk, no norte da Rússia, se apressam para conseguir pílulas de iodo estável, no dia seguinte a uma explosão em uma base militar da região. A medida visa evitar os efeitos de uma eventual radiação liberada pelo acidente, embora as autoridades afirmem que esse risco é inexistente.

Imagem de 2007 mostra complexo naval de SevMach, em Severodvinsk, onde submarinos a propulsão nuclear são construídos.
Imagem de 2007 mostra complexo naval de SevMach, em Severodvinsk, onde submarinos a propulsão nuclear são construídos. Wikipedia/ Sasha Krotov
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“Ainda temos estoque, mas uma quantidade enorme de clientes veio nesta sexta-feira (9) para comprar comprimidos”, afirmou um farmacêutico entrevistado pelo site local de informações 29.Ru. “Todo mundo está pedindo”, indicou outro dono de farmácia.

A substância é aconselhada para proteger a tireoide contra os efeitos de iodo radioativo, que podem ser dispersados em caso de catástrofe nuclear. O Ministério da Defesa da Rússia declarou que o acidente, que deixou dois mortos e seis feridos, foi provocado pela explosão de um motor-foguete a propulsão líquida. Nenhuma substância tóxica teria sido liberada na atmosfera e os níveis de radiação permanecem estáveis, afirmou o ministério.

Radiação 20 vezes maior que o normal

O prefeito de Severodvinsk, cidade próxima de Arkhangelsk onde fica a unidade de construção de submarinos a propulsão nuclear, registrou um breve pico de radioatividade. A organização ambiental Greenpeace informou que dados do Ministério das Situações de Emergência do país apontam que os índices de radioatividade estão 20 vezes superiores ao normal em Severodvinsk.

A imprensa russa relata que a explosão aconteceu em uma base de testes de mísseis em Nyonoksa, a cerca de 30 quilômetros a oeste de Severodvinsk, no Mar Branco. Sem explicações, as autoridades fecharam a navegação por um mês em uma parte da baía de Dvina, que banha a região.

Citado pelo jornal Kommersant, um oficial da Marinha declarou que combustível tóxico pode ter sido despejado no mar após o acidente.

Com informações da Reuters

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