Grécia anuncia medidas de emergência após afluxo de migrantes na ilha de Lesbos
O governo grego anunciou neste sábado (31) uma série de medidas de emergência para lidar com o grande afluxo de migrantes vindos da Turquia. Mais de uma dúzia de barcos chegaram apenas nesta quinta-feira em Lesbos, em poucas horas. Este ano a Grécia se tornou a primeira porta de entrada para os migrantes.
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Quase 600 pessoas chegaram na quainta-feira à ilha de Lesbos, onde, como nas ilhas vizinhas, a capacidade de recepção já passou dos limites.
Uma reunião de emergência do governo grego e a convocação nesta sexta-feira do embaixador turco em Atenas demonstram que as autoridades gregas não escondem sua preocupação. Elas pedem que Ancara proíba a saída de migrantes, conforme exigido pelo acordo concluído em 2016 com a União Europeia.
No pequeno vilarejo de Skala Sykamineas, ao norte de Lesbos, o cenário da noite de quinta-feira desperta a memória do verão de 2015, quando a população, acompanhada por muitos voluntários estrangeiros, chegou a acolher até 1000 migrantes todos os dias, vindos principalmente da Síria, do Iraque e do Afeganistão.
Condições deploráveis
Em poucas horas, 13 barcos aportaram. Ao todo, mais de 500 pessoas, incluindo 240 crianças, foram atendidas em um campo provisório perto do vilarejo. Essas pessoas devem conseguir chegar ao centro de Moria, mas, neste centro de acomodação e identificação de Lesbos, cerca de10.000 pessoas já se acumulam, quatro vezes mais que a capacidade esperada, e em condições deploráveis.
Neste sábado, em situação de emergência, o governo anunciou algumas medidas: a transferência de vários milhares de pessoas para o norte do continente, a aceleração do processamento de pedidos de asilo e a redução das possibilidades de recurso. Finalmente, ela exigem o reforço das patrulhas da Frontex, a agência europeia de fronteiras.
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