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Migrantes/ França/ Bulgária

Macron causa ira de búlgaros e ucranianos com comentário sobre migrantes

A Bulgária disse neste sábado (2) que convocaria a embaixadora da França em Sofia na segunda-feira, depois que comentários sobre imigração do presidente francês Emmanuel Macron provocaram indignação.

O presidente francês Emmanuel Macron causou ira de búlgaros e ucranianos ao falar de imigração ilegal de pessoas destes países na França.
O presidente francês Emmanuel Macron causou ira de búlgaros e ucranianos ao falar de imigração ilegal de pessoas destes países na França. REUTERS/Regis Duvignau
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A embaixadora Florence Robine será solicitada a explicar as observações em que Macron falou sobre "redes clandestinas de búlgaros e ucranianos", disse Ivan Dimov, consultor da ministra das Relações Exteriores búlgara, Ekaterina Zaharieva.

Zaharieva também pediu ao embaixador da Bulgária em Paris, Angel Cholakov, que entregasse uma nota de protesto ao Ministério das Relações Exteriores da França em Paris.

A briga acontece depois que uma entrevista apareceu na semana passada na revista francesa Valeurs Actuelles.

A Ucrânia convocou o embaixador da França em Kiev na sexta-feira (1) para uma explicação com o Ministério das Relações Exteriores da Ucrânia, afirmando mais tarde em seu site que o embaixador disse que as palavras de Macron foram tiradas de contexto.

"Redes clandestinas"

Na entrevista, Macron disse que era a favor da migração legal baseada em cotas para trabalhadores ilegais, acrescentando que ele preferia ter migrantes da Guiné ou Costa do Marfim que trabalhavam de maneira legal do que "redes clandestinas de búlgaros e ucranianos".

Os comentários de Macron foram veiculados por vários meios de comunicação búlgaros neste sábado, provocando uma reação irada do vice-primeiro-ministro búlgaro, Krasimir Karakachanov, também líder do partido nacionalista VMRO.

"Ninguém tem o direito de insultar o povo búlgaro e ucraniano", disse Karakachanov, acrescentando que a declaração é "uma nova manifestação de arrogância política".

A Bulgária é particularmente contrária ao pacote de mobilidade da Comissão Europeia, que visa combater práticas ilegais no transporte rodoviário e melhorar as condições de trabalho dos motoristas.

A reforma, denominada "pacote Macron", é vista pelos transportadores rodoviários búlgaros como discriminatória e uma tentativa de acabar com a concorrência no setor de empresas provenientes da Europa Central e Oriental.

(Com informações da AFP)

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