Acessar o conteúdo principal
França/Terrorismo

Operação na França contra islamitas radicais prende 19 suspeitos

Uma grande operação policial na França prendeu nesta madrugada 19 pessoas suspeitas de envolvimento com o islamismo radical. Uma grande quantidade de armas também foi apreendida durante a ação da polícia que se concentrou em Marselha, Nice, Nantes, nos arredores de Paris, e também em Toulouse.

Suspeito detido durante operação da polícia em Coueron, nos arredores de Nantes, na região oeste da França.
Suspeito detido durante operação da polícia em Coueron, nos arredores de Nantes, na região oeste da França. Reuters
Publicidade

Cerca 10 dias após os assassinatos de um professor e três crianças judaicas cometidos por Momahed Merah, em Toulouse, a polícia francesa afiou as armas contra o islamismo radical. Na operação desta madrugada, os principais alvos foram membros de um grupo radical conhecido como Forsane Alizza, ou "cavaleiros da liberdade".

O grupo foi dissolvido em janeiro pelo Ministério do Interior sob acusação de querer formar simpatizantes para a luta armada. Na casa de um dos líderes do movimento, Mohammed Achamlane, a polícia encontrou uma metralhadora, uma pistola automática e granadas.

Achalame, um dos principais detidos nesta vasta operação, já tinha ficado conhecido na mídia ao queimar o código penal francês para protestar contra a lei que proíbe o uso do véu integral muçulmano em lugares públicos na França. 

A vasta operação, que segundo fontes policiais tem o objetivo de desmantelar grupos islâmicos radicais, foi dirigida por investigadores dos serviços de contra-espionagem e, em determinados locais, contou com a ajuda do Raid, a unidade de elite da polícia francesa responsável pelo cerco ao apartamento de Mohamed Merah, em Toulouse.  Entre as armas apreendidas pela polícia estão também cinco fuzis, revólveres  e pistolas taser de disparos elétricos.  

"11 de setembro francês"

Em entrevista nesta sexta-feira pela manhã à uma rádio francesa, o presidente francês, Nicolas Sarkozy, afirmou que esse tipo de operação vai continuar e o objetivo é "expulsar" do território francês pessoas que representem uma ameaça.

Segundo Sarkozy e o seu ministro do Interior, Claude Guéant, essas batidas policiais não estão relacionadas diretamente aos massacres de Toulouse e de Montauban, mas fazem parte da luta da França contra o terrorismo e os islamismo radical.

O presidente francês fez um paralelo do trauma provocado na França pelos ataques de Mohamed Merah contra militares franceses em Toulouse e Montauban e contra a escola judaica com o drama vivido pelos americanos após os ataques de 11 de setembro de 2001.

"O trauma de Montauban e o de Toulouse foi profundo em nosso país, um pouco - eu não quero comparar os horrores- [mas foi]  um pouco como o trauma que atingiu Nova York e os Estados Unidos em 11 de setembro de 2001", disse o presidente.  A comparação com a tragédia vivida pelos americanos foi julgada exagerada por divernos analistas políticos franceses.

O Ministério das Relações Exteriores da França anunciou na quinta-feira que os vistos de entrada de quatro líderes religiosos muçulmanos foram negados. Eles deveriam participar de um congresso na semana que vem, mas o governo francês considerou que os discursos desses representantes islâmicos são, nesse momento, uma "ameaça à ordem pública".
 

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.