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Hollande/RFI

“França vai demonstrar eficácia militar”, diz Hollande à RFI

O presidente francês, François Hollande, concedeu neste sábado, uma entrevista exclusiva à RFI, TV5 Monde e France 24, ao final do encontro organizado pelo Palácio do Eliseu para a paz e segurança na África, que começou na sexta. Sobre a intervenção francesa na República Centro-Africana, ele declarou que “vamos mostrar a eficácia de nossas forças”.  

François Hollande, no Eliseu, durante entrevista à RFI, France 24 e TV5, neste sábado, 7 de dezembro.
François Hollande, no Eliseu, durante entrevista à RFI, France 24 e TV5, neste sábado, 7 de dezembro. RFI / Pierre René-Worms
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Invocando sua “consciência moral” e os laços da França com a África para justificar a intervenção, Hollande confirmou que o contingente francês aumentou para 1600 homens, ao invés dos 1200 previstos inicialmente. Ele garantiu que esse número não vai mais aumentar. O presidente elogiou a iniciativa da União Africana de mobilizar seis mil homens na MISCA, a força internacional africana. Os objetivos, segundo Hollande, são “desarmar e organizar a segurança do território”, a fim de “preparar as eleições”.

O líder francês garantiu que as forças francesas não vão permanecer muito tempo na RCA. Segundo ele, seis meses são o bastante para garantir a segurança do país. A respeito de Michel Djotodia, presidente autoproclamado da RCA, Hollande foi direto: “Não é possível deixar no poder um presidente que não fez nada e que foi permissivo”.

Reféns franceses

Os autores dos sequestros e mortes dos jornalistas da Rfi Ghislaine Dupont e Claude Verlon, dia 3 de novembro em Kidal, no norte do Mali, “foram identificados”, garantiu Hollande. “São terroristas que já tínhamos identificado em outras ações” e “que serão presos”.

Hollande contou que ao encontrar reféns franceses libertados nos últimos meses, “todos diziam escutar a RFI”, uma rádio com a qual “eles tinham um elo especial”. O presidente contou que a única rádio acessível à população da RCA é a RFI

Saúde

Interrogado sobre uma operação na próstata que sofreu em fevereiro de 2011 e que só foi revelada recentemente, o presidente francês, François Hollande garantiu que está bem de saúde.

Revelada na última quarta-feira por uma emissora de rádio, a intervenção médica foi confirmada na seqüência por um comunicado do Eliseu, precisando que Hollande sofria na época “de uma hipertrofia benigna da próstata”. Ele confirmou sua candidatura às primárias socialistas algumas semanas depois, no final de março de 2011.

A saúde dos presidentes franceses é um assunto sensível desde a doença de Georges Pompidou, dissimulada até sua morte durante exercício de suas funções em 1974. Há também o câncer de próstata de François Mitterrand, silenciado durante anos através de boletins mentirosos assinados por seu médico pessoal. A polêmica ressurgiu em setembro de 2005, quando, três anos depois de sua reeleição à presidência, Jacques Chirac foi vítima de um acidente vascular cerebral.
 

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