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Ucrânia/França/UE

França ameaça Rússia com nova rodada de sanções europeias

O ministro francês das Relações Exteriores, Laurent Fabius, disse nesta segunda-feira (5) que os europeus estão dispostos a adotar uma nova rodada de sanções contra a Rússia, caso as eleições presidenciais ucranianas não possam ser realizadas, como previsto, no dia 25 de maio. O chanceler critica Moscou, que se opõe à realização do pleito.

Laurent Fabius, ministro francês da Relações Exteriores, criticou a posição da Rússia sobre as eleições na Ucrânia.
Laurent Fabius, ministro francês da Relações Exteriores, criticou a posição da Rússia sobre as eleições na Ucrânia. REUTERS/Benoit Tessier
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Laurent Fabius afirmou que “se as eleições de 25 de maio não forem realizadas, nós passaremos a uma fase 3 das sanções” contra a Rússia. Na sexta-feira (2), o presidente norte-americano, Barack Obama, e a chanceler alemã, Angela Merkel, também ameaçaram impor novas medidas visando punir economicamente Moscou em caso de degradação da situação ucraniana.

Em uma entrevista concedida na manhã desta segunda-feira à rádio France Inter, o chefe da diplomacia francesa defendeu a realização do pleito na Ucrânia. “Quando queremos sair de uma situação rumo à democracia, temos que ter eleições”, disse Fabius, antes de criticar abertamente a posição de Moscou sobre o tema.

“Eu noto uma contradição insustentável dos parceiros russos, pois de um lado eles dizem que não se deve fazer eleições na Ucrânia, enquanto que, na Síria, um país em guerra, com 150 mil mortos, eles defendem o voto para Bashar Al-Assad, no início do mês de junho”, declarou o chanceler, em alusão ao apoio da Rússia ao líder sírio, fortemente criticado pelos ocidentais.

As declarações de Fabius são feitas em um momento de tensão extrema no leste ucraniano, que torna cada vez mais incerta a realização das eleições presidenciais no país. Desde a queda do presidente Viktor Yanukovich, em fevereiro, a Ucrânia é dirigida pelo presidente interino Olexandre Turchinov. A Rússia, acusada pelos ocidentais de incitar a violência e a instabilidade no país, não reconhece o governo de transição e considera as eleições “absurdas”.

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