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Grupo Estado Islâmico/França

Segundo jihadista francês identificado em vídeo do grupo EI é de origem portuguesa

A França anunciou nesta quarta-feira (19) a presença de um segundo francês entre os jihadistas do grupo Estado Islâmico que aparecem em um vídeo, divulgado no último domingo, decapitando reféns. Michael dos Santos, de 22 anos, adotou o nome de Abou Othman depois de se converter ao Islã. Ele já era conhecido do serviço francês responsável pelo desmantelamento das redes que recrutam jovens jihadistas.

Reprodução do vídeo divulgado pelo grupo Estado Islâmico, no qual foi identificado o francês Michael dos Santos, de 22 anos.
Reprodução do vídeo divulgado pelo grupo Estado Islâmico, no qual foi identificado o francês Michael dos Santos, de 22 anos. Reprodução de vídeo
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O presidente francês, François Hollande, que está em visita de Estado na Austrália, foi o primeiro a revelar nesta madrugada que o segundo jovem francês estava sendo identificado.

Segundo uma fonte policial, o segundo jihadista francês identificado na gravação, Michael dos Santos, é natural de Champigny-sur-Marne, cidade da periferia de Paris que tem forte presença da comunidade portuguesa. O perfil do jovem é, de acordo com as primeiras investigações, “muito preocupante”, especialmente devido ao teor violento e chocante das imagens relacionadas a ele postadas nas redes sociais.

Ontem, as autoridades já haviam confirmado a presença Maxime Hauchard, de 22 anos, natural da Normandia, entre os jihadistas que aparecem na filmagem de decapitação do refém americano Peter Kassig e de 18 soldados sírios. Hauchard, que se converteu ao islamismo há cinco anos, recebeu endoutrinamento religioso em uma escola muçulmana da corrente salafista na Mauritânia. Em 2013, o jovem partiu para a Síria com o objetivo de participar da guerra santa ao lado dos extremistas.

Mais europeus entre os jihadistas do grupo EI

Desde a divulgação do vídeo de propaganda do grupo extremista no último domingo (16), vários países europeus tentam identificar os jihadistas mostrados pela primeira vez com o rosto descoberto. Além da França, a Grã-Bretanha e a Bélgica também têm forte suspeita que britânicos convertidos estejam entre os carrascos do grupo Estado Islâmico.

Segundo as autoridades, a França tem o maior contingente de europeus no conflito sírio. No total, 1.132 franceses estariam envolvidos direta ou indiretamente com grupos extremistas no Oriente Médio. Segundo informações divulgadas pelo procurador de Justiça de Paris, François Molins, a França teria hoje 376 combatentes na jihad, entre eles, 88 mulheres e 10 menores de idade.

A maioria são jovens provenientes de famílias de imigrantes. Outros 20% se converteram ao islamismo ao serem recrutados por grupos extremistas na internet. Mais da metade dos franceses que partiram para a jihad na Síria e no Iraque não tinha antecedentes criminais e era desconhecido, até então, dos serviços de investigação franceses.

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