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França

Nova edição de Charlie Hebdo vai chegar a 7 milhões de exemplares

O número do jornal satírico semanal Charlie Hebdo, editado depois do atentado que matou seus principais caricaturistas, vai ser reimpresso para chegar à tiragem histórica de sete milhões de unidades. A edição vem despertando interesse não apenas na França, mas no mundo inteiro. E tem causado protestos violentos nos países muçulmanos.  

Banca de jornais de Paris expõe novo número do jornal satírico Charlie Hebdo.
Banca de jornais de Paris expõe novo número do jornal satírico Charlie Hebdo. DR
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O número 1.178 do jornal deve ficar à venda durante duas semanas. Desde que foi colocado nas bancas na quarta-feira (14) a demanda foi maior do que a oferta, com longas filas diante dos quiosques de madrugada, muito antes da abertura.

Na véspera da saída da publicação, a equipe "dos sobreviventes" - como se auto-intitulam os caricaturistas que escaparam do atentado - calculou que poderiam ser impressos três milhões. Mas o interesse na França e no exterior ultrapassou todas as expectativas, inclusive levando especuladores a negociar um exemplar do jornal na Internet por altas somas. Cerca de 130 mil exemplares foram encomendados no estrangeiro.

No dramático dia 7 de janeiro passado, os irmãos Kouachi invadiram a sede do Charlie Hebdo, em Paris, matando doze pessoas, entre elas, os míticos chargistas Cabu, Cherb, Wolonski, Tignous e Honoré. A ação foi reivindicada pela Al-Qaeda do Iêmen.

O jornal atravessava dificuldades econômicas e sua tiragem semanal era de 60 mil exemplares.

Protestos

A publicação do novo número com o profeta Maomé na capa segurando o cartaz "Eu sou Charlie" provocou a indignação de dirigentes e da população de diversos  países muçulmanos  e desencadeou uma onda de protestos.

Neste sábado (17), uma violenta manifestação anti-Charlie reuniu cerca de mil jovens diante da grande mesquita da capital nigerina Niamei aos gritos de "Allah Akbar" (Deus é Grande). Duas igrejas foram incendiadas.

Na sexta-feira (16), o centro cultural francês foi incendiado no Níger e quatro pessoas morreram. No Senegal e Mauritânia as bandeiras da França foram queimadas em praça pública.

 

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