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França/ONU

ONU solicita que França apresente um plano de emergência para os migrantes de Calais

O Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) solicitou nesta sexta-feira (7) que a França apresente um plano de emergência global para tratar da crise dos migrantes em Calais, usando os mesmos recursos destinados a casos de catástrofes naturais. "O Acnur reitera o pedido já feito no verão de 2014", diz o comunicado divulgado em Genebra, na Suíça, que também lembra que a França deve respeitar os direitos humanos dos cerca de 3 mil migrantes que chegam à cidade francesa para tentar atravessar o Eurotúnel para a Inglaterra.

Acampamentos de migrantes em Calais têm condição de vida degradante
Acampamentos de migrantes em Calais têm condição de vida degradante Reuters/路透社
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Vincent Cochetel, responsável pela divisão europeia do Acnur, afirmou que a França deve tratar a situação como urgência civil, acrescentando que é possível administrar a crise. Ele disse que o país não deve se limitar a "pequenas medidas" para um problema que já dura 14 anos e que "vai continuar". "Não podemos mudar a geografia."

Segundo ele, ninguém toma as medidas adequadas para pôr fim à situação. Cochetel sugeriu o uso de casernas desocupadas na França para alojar os refugiados e proporcionar para eles condições de vida adequadas.

Revisão do processo de asilo

Outra solicitação do Acnur é que haja uma revisão no mecanismo de pedido de asilo na França. Atualmente o país exige sete semanas antes de poder registrar os pedidos, enquanto que, em vários outros países europeus, o processo pode ser iniciado imediatamente.

Além disso, a organização critica a falta de cooperação do Reino Unido, que se recusa a considerar os pedidos de pessas que têm vínculos comprovados com o país. "Pedimos que o Reino Unido e outros países da União Europeia trabalhem em colaboração com as autoridades competentes francesas", disse Cochetel. "A situação em Calais se deve em grande parte ao resultado de uma aplicação não coordenada e parcial do sistema comum europeu para a questão do asilo nos países da União."

A urgência da situação é agravada pelo número crescente de mulheres e de crianças entre esses migrantes. Eles constituem uma população ainda mais vulnerável. O centro de alojamento da cidade conta com apenas 150 vagas.
 

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