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França faz homenagens às vítimas do terrorismo no centro de Paris

Uma manifestação neste domingo (10) na Praça da República, região central de Paris, rende homenagens às 149 vítimas que morreram nos diversos ataques terroristas de 2015.

Cantor Johnny Halliday presta homenagem às vítimas do terrorismo na França
Cantor Johnny Halliday presta homenagem às vítimas do terrorismo na França Foto: Reuters
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A cerimônia oficial começou com o descerramento de uma placa pelo presidente François Hollande no pé de um carvalho de 10 metros plantado na praça para a ocasião. A "Árvore da lembrança" simboliza as vítimas dos diferentes ataques.

O texto da placa diz: "À memória das vítimas dos atentados terroristas de janeiro e novembro de 2015, em Paris, Montrouge e Saint-Denis. Aqui mesmo, o povo da França os homenageia".

Por razões de segurança, o acesso pela manhã à Praça da República foi limitado às autoridades, aos familiares das vítimas e a um número restrito de convidados.

O chefe de Estado também depositou, ao lado da prefeita de Paris, Anne Hidalgo, e do primeiro-ministro Manuel Valls, uma coroa de flores na estátua que representa a República Francesa e observaram um minuto de silêncio. Ao final, o coral das Forças Armadas entoou A Marselhesa, hino nacional francês. Na sequência, as autoridades saudaram os familiares das vítimas.

O cantor Johnny Halliday cantou durante a cerimônia "Um domingo de janeiro", canção composta por Jeanne Cherhal que faz referência à imensa mobilização popular de 11 de janeiro de 2015. Na ocasião, mais de 4 milhões de pessoas foram às ruas de Paris e de várias cidades na França para condenar o terrorismo e defender os valores do país, como a liberdade de expressão.

A escolha do cantor para a homenagem foi contestada por pessoas próximas dos caricaturistas assassinados do Charlie Hebdo, que durante anos criticaram o astro em suas charges.

Durante a cerimônia oficial, também foi cantada a música de Jacques Brel "Os nomes de Paris", antes da leitura de um discurso pronunciado pelo escritor Victor Hugo depois de seu retorno do exílio, em 1870. "Salvar Paris, é mais que salvar a França, é salvar o mundo. Paris é o centro da humanidade. Paris é a vida sagrada. Quem ataca Paris ataca em massa o gênero humano", disse o escritor.

Durante o dia, a praça voltará a ser acessível para o público prestar suas homenagens. A jornada deste domingo encerra uma semana de celebrações e de lembranças de um ano dos ataques de janeiro, que deixaram 17 mortos, a maioria no jornal satírico Charlie Hebdo, e de novembro, que mataram 130 pessoas.
 

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