Novo livro de papa Francisco evita assuntos polêmicos
"O nome de Deus é misericórdia", título do novo livro do papa Francisco, chega às livrarias nesta terça-feira (12), e será lançado em 86 países. A obra é fruto de uma série de entrevistas entre o pontífice e um jornalista italiano, Andrea Tornielli, feitas em julho de 2015 na Casa Santa Marta, a hospedaria do Vaticano.
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O livro não traz declarações sobre temas polêmicos, como a pedofilia, e deve contentar os católicos mais tradicionais. Ele traz o perfil de um religioso em busca de um contato cada vez mais próximo com os homens. O papa afirma, por exemplo, se sentir “tão pecador” quanto os detentos.
A obra é, neste sentido, uma profunda reflexão sobre “o perdão que Deus concede aos homens”, tema central do Jubileu da Misericórdia lançado no dia 8 de dezembro. Em um dos trechos do livro, o pontífice argentino afirma que “a igreja condena o pecado porque ela deve dizer a verdade: isso é pecado. Mas, ao mesmo tempo, ela aceita o pecador que se aceita como tal".
"Sempre fui apegado aos detentos"
Interrogado pelo vaticanista italiano Andrea Tornielli, o papa também fala sobre sua relação com os detentos que ele costuma visitar nas prisões. “Sempre fui muito apegado a eles, justamente por conta da consciência que tenho de também ser um pecador." "Toda vez que entro em uma prisão, eu me questiono: por que eles e não eu? Eu devia estar aqui, eu mereceria estar aqui. Eu não me acho melhor do que aqueles que estão diante de mim”, declara. O papa Francisco também afirma sentir que “a vergonha é uma graça: quando sentimos a misericórdia de Deus, temos de fato vergonha de nós mesmos”.
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