Greve de lixeiros deixa ruas de Paris imundas e espanta turistas
As ruas de Paris andam menos charmosas. Na véspera do início do maior evento que vai acontecer neste ano na França, a Euro 2016, uma greve dos lixeiros está fazendo os sacos de lixo se acumularem pelas calçadas, inclusive diante de endereços famosos da capital francesa. Os donos de cafés e restaurantes indicam que a clientela começa a fugir do mau cheiro e da presença desagradável dos detritos espalhados na rua.
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Os garis protestam contra o projeto de reforma trabalhista proposta pelo presidente François Hollande. A paralisação começou há 10 dias, com consequências que pioram a cada dia. Nesta quinta-feira (9), os profissionais decidiram continuar a mobilização até o dia 14 de junho, quando novos protestos devem ocorrer em toda a França.
Em algumas ruas, as calçadas chegam a estar tomadas pelo lixo. Em frente ao famoso Café de Flore, no Boulevard Saint-Germain, as mesas instaladas na rua ficaram escondidas atrás da montanha de sacolas.
Bruno Julliard, prefeito-adjunto de Paris, se disse “muito preocupado com a falta de limpeza em alguns bairros” da cidade, que se recupera das enchentes que causaram a cheia do rio Sena. “A descida do nível do Sena impõe uma vigilância sanitária extra”, ressaltou Julliard. “Além disso, tem a questão da imagem do nosso país, da nossa capital. As pessoas começam a cansar [das greves]”, afirmou.
Reclamações nas redes sociais
Nas redes sociais, os franceses reclamam da sujeira, mostrando a situação nos seus bairros, com uma ponta de ironia. “Isso é Paris!”, diz um.
#greveeboueurs #Hidalgo #ParisSale
— Rod Wick (@RodWickJm) 9 juin 2016
Ça, c'est PARIS ! pic.twitter.com/N9iSBUDqLH
“Faça a mais bela foto de lixo em Paris”, convida outro.
Grâce à. @Anne_Hidalgo fais ta plus belle photo de poubelle à #Paris !#poubelles #MerciAnnePourCeMomentDeGrace pic.twitter.com/jGkuHK1JH1
— Gutenberg (@Gutenberg_P15) 9 juin 2016
“Uma época formidável! Paris está submersa pelo seu lixo”, comentou outro.
Une époque formidable ! #Paris est submergé par ses #poubelles #euro2016https://t.co/CgX1xM3qKj pic.twitter.com/0O60kEITOO
— Ulysse Paris (@ulyssepariser) 9 juin 2016
A administração municipal tenta negociar com o sindicato CGT uma saída para a crise, garantiu o prefeito-adjunto. O problema, explicou, é que as reivindicações sindicais são nacionais, e não podem ser decididas isoladamente pelos lixeiros de Paris.
Desde o ano passado, com os atentados de janeiro e depois novembro, Paris sofreu uma brusca queda do número de turistas que visitam a cidade. Os protestos, greves e agora a sujeira da capital pioram a situação.
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