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França/ataque

Jornalistas e rappers estão na lista do grupo Estado Islâmico na França

Larossi Abballa, o jihadista que matou um policial e sua mulher perto de Paris, nesta segunda-feira (14), deixou uma lista de possíveis alvos de atentados na cena do crime, que mencionam principalmente profissões. A informação foi dada pelo procurador de Paris, François Molins, durante uma entrevista coletiva.

Casa do policial morto pelo jihadista francês nesta segunda-feira
Casa do policial morto pelo jihadista francês nesta segunda-feira (foto: Reuters)
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Na casa em Magnanville, em Yvelines, onde o extremista se escondeu e assassinou a mulher do chefe de polícia Jean-Baptiste Salvaing, 42 anos, os investigadores encontraram uma lista mencionando algumas personalidades e profissões que estão na mira do grupo Estado Islâmico. Entre elas, jornalistas, rappers e policiais. No local também havia três telefones e três facas, uma delas ensanguentada, colocada sobre a mesa.

"O horror atingiu um outro nível com o assassinato do casal de policiais", declarou nesta terça-feira o primeiro-ministro Manuel Valls. De acordo com o procurador de Paris, Larossi Abballa jurou fidelidade ao grupo Estado Islâmico três semanas antes do ataque.

"Nossa resposta é a resistência: combater o terrorismo e resistir ao medo e à violência", disse Manuel Valls na Assembleia Nacional. "Será um longo combate", acrescentou, sublinhando que a radicalização é um "fenômeno de massa", com mais de 2100 franceses diretamente com o grupo na Síria e no Iraque e cerca de 9500 fichados na plataforma criada pelo governo.

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Mm vídeo filmado diretamente da casa das vítimas, e publicado no Facebook na noite desta segunda-feira (14), incita outros jihadistas a atacarem "personalidades, jornalistas, agentes penitenciários e rappers”. O vídeo ficou pouco tempo no ar e foi visualizado 98 vezes.

Em 21 de maio, o grupo Estado Islâmico anunciou que multiplicaria os ataques contra os Estados Unidos e a Europa durante o mês do Ramadã, que começou dia 6 de junho. Depois da morte do policial, três pessoas foram presas depois dos atentados e detidas para interrogatório. Um deles faz parte do grupo de oito membros de uma célula jihadista e já havia sido condenado em 2013 por formação de quadrilha.

Na delegacia da cidade de Mureaux, onde trabalhava o policial assassinado, o clima é de luto. Os sindicatos dos policiais na França, que serão recebidos pelo ministro do Interior no final da tarde, pedem novas medidas de proteção, como a autorização para o porte contínuo de armas, mesmo fora do horário de trabalho. O premiê francês declarou que “medidas já foram adotadas”.
 

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