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França/pobreza

Crianças francesas são as mais afetadas pelo aumento da pobreza

O aumento da pobreza na França afetou entre 2008 e 2013 desempregados, operários e famílias monoparentais ou numerosas. Isso impactou a vida das crianças francesas: uma em cinco vive abaixo da linha da pobreza, como mostra um relatório divulgado nesta quarta-feira (29) pelo Insee, o Instituto de Pesquisas econômicas francês.

De acordo com as previsões do Insee, a economia francesa deverá crescer 0,4% no primeiro trimestre de 2016
De acordo com as previsões do Insee, a economia francesa deverá crescer 0,4% no primeiro trimestre de 2016 AFP PHOTO / THOMAS SAMSON
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Em 2013, cerca de 8,6 milhões de crianças viviam abaixo da linha da pobreza na França, o que corresponde um ganho de € 1.100 mensais (cerca de R$ 3.978) para uma pessoa sozinha ou € 2.100 para um casal com duas crianças menores de 14 anos. Lembrando que o aluguel de um apartamento de 30 metros quadrados na região parisiense custa em média € 1000.

O documento ainda revela que o nível de vida médio dos franceses caiu nos últimos anos em razão da crise econômica de 2008, mas eles estão menos pobres do que a população de outros países da Europa.

Entre 2008 e 2013, as desigualdades em relação ao poder aquisitivo dos franceses continuaram “estáveis”. Neste período o nível de vida médio de uma família formada por um casal com duas crianças recuou 1,1%, atingindo € 20 mil anuais, cerca de € 1.667 por mês, em 2013.

Nível de vida dos franceses diminuiu

Esta não é a primeira vez que o nível de vida dos franceses diminuiu, mas essa queda duradoura é inédita, diz Julie Labarthe, representante do instituto francês, durante uma coletiva de imprensa. O recuo, explica, corresponde a uma baixa de 0,2%, o que representa uma diminuição limitada, principalmente em relação a outros países europeus.

O documento também mostra que os primeiros anos depois da crise foram marcados por uma grande estabilidade na França com duas fases distintas: os dois primeiros anos depois da crise afetaram principalmente os lares mais modestos, que sofreram com a alta do desemprego. Em 2010 e 2011, a retomada do crescimento econômico favoreceu as rendas patrimoniais, trabalhadores independentes e assalariados.

A partir de 2012, o desequilíbrio diminuiu, em razão da queda do nível de vida da classe média alta. Em todos os casos, os lares mais modestos foram os mais impactados pela crise, com uma baixa de 3,5% em três anos, observa Julie Labarthe.
 

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