Brasileira e filha de 6 anos estão entre vítimas de atentado de Nice
A cônsul-geral do Brasil na França, Maria Edileuza Fontenelle Reis, confirmou em entrevista à RFI nesta segunda-feira (18) a morte da carioca Elizabeth Cristina de Assis Ribeiro, 30, e de sua filha, Kayla, 6, de nacionalidade suíça, no atentado da quinta-feira (14) em Nice, no sul da França. As duas foram atropeladas pelo caminhão dirigido pelo terrorista tunisiano Mohamed Lahouaiej-Bouhlel.
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"O Ministério das Relações Exteriores francês nos confirmou no final da noite de domingo que Kayla e Elizabeth estão entre as vítimas fatais", declarou a cônsul. Ela também afirmou que enviou um diplomata e um agente consular para prestar apoio e assistência à mãe e à irmã da brasileira, que estão em Nice. O cônsul honorário, Mario Sanchez, viajou de Paris para a cidade da Côte d'Azur na sexta-feira (15) e está em contato com a família das vítimas.
Segundo Maria Edileuza, a brasileira estava com o marido, Silyan, que é suíço, e as três filhas no Passeio dos Ingleses, quando o caminhão avançou sobre a multidão que assistia à queima de fogos do 14 de Julho (Dia Nacional da França). O pai conseguiu salvar as duas filhas mais novas, mas Kayla e Elizabeth foram atropeladas.
Silyan e as filhas sobreviventes estão internados em um hospital, "em estado de choque", segundo informou o governo da comuna suíça de Yverdon-les-Bains, onde a família mora.
Brasileiros desaparecidos
Dois brasileiros permanecem desaparecidos, mas o Ministério das Relações Exteriores acredita que são pessoas que simplesmente não avisaram os familiares que estão a salvo, e não possíveis vítimas.
Pelo menos outros dois brasileiros ficaram levemente feridos no ataque reivindicado pelo grupo Estado Islâmico, que deixou 84 mortos e mais de 200 feridos.
Em entrevista na manhã desta segunda-feira, o ministro francês do Interior, Bernard Cazeneuve, disse que a conexão entre o autor do atentado e as "redes terroristas", em particular grupo o Estado Islâmico, ainda não foi estabelecida.
Ao mesmo tempo, ele reconheceu que o método utilizado no massacre se inspira totalmente nos apelos da organização terrorista para a realização de atentados. Para Cazeneuve, não está descartada uma radicalização rápida de Lahouaiej-Bouhlel.
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