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França/Brasil

Parisienses precisam do ar "mais relaxado" do brasileiro, diz Vincent Cassel

O ator francês Vincent Cassel, padrinho da Lavagem da Madalena, festival brasileiro realizado esta semana em Paris, disse à RFI estar muito contente com o sucesso da festa de rua, que acontece todos os anos na capital francesa. O evento começou na quarta-feira (31) e termina hoje (4), com baianas repetindo o ritual de lavagem das escadarias do Bonfim.

Ala das baianas que desfila neste domingo (4) no 15° Festival Cultural da Lavagem da Madalena.
Ala das baianas que desfila neste domingo (4) no 15° Festival Cultural da Lavagem da Madalena. Facebook/Lavage Madeleine
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"Os parisienses precisam desse tipo de coisa um pouco mais relaxada. Trazer essa onda um pouco mais brasileira, do 'deixa rolar, vai acabar dando tudo certinho', é uma coisa muito boa. A gente precisava disso nesse final de verão", afirmou o ator, em referência às medidas de segurança rigorosas adotadas pelas autoridades após a onda de atentados terroristas no país.

Ator francês Vincent Cassel adora o Brasil, onde já morou com as filhas e a ex-mulher, a atriz Monica Bellucci.
Ator francês Vincent Cassel adora o Brasil, onde já morou com as filhas e a ex-mulher, a atriz Monica Bellucci. REUTERS/Regis Duvignau

Três mil pessoas assistiram na noite de sexta-feira (2) à apresentação de Teresa Cristina e Caetano Veloso no palco montado no largo da igreja Madeleine, no centro de Paris. Em várias ocasiões, a plateia gritou "Fora Temer", além de cantar e dançar ao ritmo dos hits do compositor baiano e da sambista carioca. Nenhum distúrbio foi registrado.

"Amo o Brasil"

Cassel levou as duas filhas, Deva e Léonie, de 11 e 6 anos, para assistir o show de Caetano, ponto alto da programação do festival. Descontraído, ele reconheceu sua forte ligação com a cultura brasileira. "Minha relação com o Brasil é uma coisa de coração, total. Eu sempre gostei. Até ir morar lá, sempre tive um lugar onde ficar e continuo tendo. Não existe uma razão para explicar as coisas que se ama. É assim", disse, em um português fluente.

Nesse verão europeu, Cassel produziu um festival de música brasileira no país basco francês, na costa sudoeste do país, batizado "Onda Carioca". O ator, que já tem 50 longa-metragens em sua carreira, promoveu três noites de embalos ao ritmo do Brasil, animadas por Inácio Rios e Mosquito. A dupla criou a roda de samba "Encontros Casuais", na Lapa, no Rio de Janeiro.

A boa receptividade do público francês já faz Cassel pensar em uma segunda edição. "Acho que vou repetir a experiência no ano que vem, com mais bandas e DJ's, para trazer essa cultura brasileira à França", contou.

No ano passado, Cassel atuou em duas produções brasileiras − "O filme da minha vida", de Selton Mello, e "O grande circo místico", de Cacá Diegues, com lançamento previsto ainda este ano.

O ator, que foi casado com a atriz italiana Monica Bellucci, está agora com a cabeça voltada ao próximo longa que irá filmar durante dois meses no Taiti. Cassel vai interpretar o pintor impressionista Paul Gauguin (1848-1903), sob a direção de Edouard Deluc.

De acordo com a sinopse, em um momento de liberdade e ruptura com os padrões ocidentais, Gauguin se exila na Polinésia Francesa em 1890. Lá, ele se apaixona perdidamente por Tehura, depois retratada como musa em grandes obras do artista.

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