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Salão do Automóvel

Presidente da Renault-Nissan sugere que motoristas brasileiros são indisciplinados

O presidente do grupo Renault-Nissan, o franco-brasileiro Carlos Ghosn, declarou no Salão do Automóvel de Paris que os veículos autônomos chegarão primeiro nos países onde os motoristas são mais disciplinados, como no Japão, Estados Unidos, França e Alemanha. Não é o caso do Brasil, onde os carros inteligentes, sem motorista e dirigidos por um sistema computadorizado, poderiam sofrer muitos acidentes de trânsito, segundo Ghosn.

O presidente do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, na abertura do Salão do Automóvel de Paris para a imprensa, na quinta-feira (29).
O presidente do grupo Renault-Nissan, Carlos Ghosn, na abertura do Salão do Automóvel de Paris para a imprensa, na quinta-feira (29). REUTERS/Benoit Tessier
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Os veículos autônomos são a grande vedete do Salão do Automóvel de Paris, que abre para o público neste fim de semana. Mas, alguns países, entre eles o Brasil, não estão prontos para incorporar a novidade, segundo o presidente do grupo Renault-Nissan. Na abertura do evento para a imprensa, na quinta-feira (29), ao responder a uma pergunta feita por um jornalista brasileiro, Ghosn declarou que os carros inteligentes são adaptados aos países onde os motoristas são "disciplinados".

Segundo ele, além de uma cartografia e uma sinalização precisa, "é necessário também que as regras de trânsito sejam respeitadas, porque os veículos autônomos seguem as regras". No Brasil, reiterou, "à noite, ninguém para no sinal vermelho".

"Os veículos autônomos vão parar no sinal vermelho, aconteça o que acontecer. São computadores. Se esses carros forem os únicos a pararem, você pode imaginar o número de acidentes que vão acontecer no Brasil", continuou, em tom de brincadeira.

Rotatória na direção contrária

O franco-brasileiro também citou a Índia como um mau exemplo de respeito no trânsito. Em Mumbai, "as pessoas não respeitam o código de trânsito. Alguns pegam a rotatória na direção contrária. Não podemos colocar os veículos autônomos nas estradas com essas condições", enfatizou.

"É por isso que acho que os veículos autônomos chegarão primeiro nos países onde a condução é muito disciplinada, como o Japão, Estados Unidos, França, Alemanha e, em seguida, pouco a pouco, vamos adaptar a tecnologia aos países onde as coisas são mais flexíveis", reiterou.

A Renault-Nissan prevê que os primeiros carros inteligentes chegarão às estradas em 2020. Os motoristas brasileiros têm, então, um bom prazo para melhorar seu comportamento no trânsito.

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