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França/Terrorismo

França identifica suspeito de coordenar, na Síria, atentados de Paris e Bruxelas

A polícia francesa informou nesta terça-feira (8) que identificou um dos organizadores dos atentados de Paris e de Bruxelas. O extremista, cuja as autoridades conheciam até então apenas por seu pseudônimo, é um belga-marroquino que vive na Síria, primo de dois terroristas que participaram dos ataques.

A casa de espetáculos Bataclan, em Paris, que continua fechada, foi dos alvos dos ataques
A casa de espetáculos Bataclan, em Paris, que continua fechada, foi dos alvos dos ataques REUTERS/Benoit Tessier TPX IMAGES OF THE DAY
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Os investigadores franceses suspeitam há tempos que os atentados de Paris, nos quais três grupos extremistas mataram 130 pessoas e feriram 413 em 13 de novembro de 2015, foram coordenados por uma ou várias pessoas a partir da Síria, mas até então não haviam dado nomes. Agora, a polícia identificou Oussama Atar, de 32 anos, membro do grupo Estado Islâmico (EI), como sendo um dos responsáveis pelo planejamento dos ataques na capital francesa, mas também em Bruxelas, em 22 de março de 2016.

O homem, que utiliza o pseudônimo Abu Ahmad, esteve no radar das forças de segurança europeias por mais de uma década. "É o único coordenador na Síria a ter sido identificado até o momento", afirmou uma das fontes ligadas à investigação, confirmando uma informação publicada no jornal Le Monde que chegou às bancas na tarde desta terça-feira.

Extremista passou pela prisão de Abu Ghraib

Depois de ter sido preso no Iraque em 2004 após a invasão americana, Atar passou um tempo em várias prisões, entre elas a de Abu Ghraib, que foi utilizada pelas forças americanas. Após sua libertação, ele retornou em 2012 à Bélgica. "Não sei o que aconteceu com ele depois", disse em agosto seu advogado da época, Vincent Lurquin.

Em uma entrevista em 2011, Atar afirmou que viajou à Síria para estudar árabe e posteriormente foi ao Iraque para comprar medicamentos para pessoas necessitadas. Seu nome voltou a aparecer após os atentados suicidas que deixaram 32 mortos no metrô e no aeroporto de Bruxelas este ano.

Atar era um dos homens "mais procurados na Bélgica e Europa", disse uma fonte da polícia belga à AFP em agosto, quando sua mãe e irmã foram detidas brevemente pela polícia. Além de ser primo dos irmãos El Bakraoui, dois dos autores dos atentados de Bruxelas, ele também tinha vínculos familiares com Moustapha e Jawad Benhattal, que foram detidos no dia 18 de junho. Os dois homens estariam planejando um atentado durante uma transmissão pública de uma partida da Eurocopa 2016.

Os investigadores conseguiram vincular Atar aos ataques de Paris após dois supostos extremistas, um argelino e um paquistanês, serem detidos na Áustria em dezembro passado. O argelino admitiu que tinha a intenção de participar dos atentados de Paris e que havia sido enviado por "Abu Ahmad". Posteriormente, ele identificou Atar em fotografias da polícia.

(Com informações da AFP)
 

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