Greve fecha Torre Eiffel pelo segundo dia consecutivo

A Torre Eiffel permanece fechada nesta quarta-feira (14), no segundo dia de greve dos agentes da empresa que administra o monumento cartão postal da França. Os trabalhadores denunciam a falta de "diálogo social". A direção lamentou em um comunicado o fechamento que "prejudica" os visitantes.

Turistas na frente da Torre Eiffel que é o monumento mais visitado de Paris. REUTERS/Jacky Naegelen

Em uma carta aberta à direção, os 200 funcionários que trabalham na Torre Eiffel se queixam de falta de diálogo na contratação de gerentes e de transparência em relação à reforma prevista no local. Segundo eles, a obra colocará em risco a segurança dos trabalhadores. As negociações continuam e uma nova assembleia está prevista para a manhã de quinta-feira (15).

A decepção é grande para os 6 mil de visitantes que sobem diariamente no monumento para admirar uma das mais belas vistas de Paris. A Torre Eiffel recebe 6 milhões de turistas por ano, mas tem registrado uma queda de frequentação depois dos atentados terroristas em Paris, em janeiro e novembro de 2015.

Os ataques provocaram uma queda sem precedentes no setor turístico francês. No primeiro semestre de 2016, a capital perdeu um milhão de visitantes, em relação a 2015, e as autoridades temem que ela deixe de ser a cidade mais visitada do mundo.

Estado de emergência prolongado

Os deputados franceses aprovaram na noite de terça-feira (13) o prolongamento do estado de emergência no país, pela quinta vez consecutiva. A medida excepcional vai agora até 15 de julho do ano que vem, cobrindo o período das eleições presidenciais e legislativas.

O Ministério do Interior informou que divulgará nos próximos dias um esquema especial de segurança para as festas de fim de ano, uma vez que a ameaça terrorista continua elevada no país.