Acessar o conteúdo principal
Gastronomia

EUA vencem 30ª edição do concurso gastronômico Bocuse d’Or

A torcida era grande mas, depois de conquistar duas etapas consecutivas do Bocuse d’Or, no Brasil e no México, a chef alagoana Giovanna Grossi ficou em 15° lugar na final da competição, realizada nesta quarta-feira (25), em Lyon, no sudeste da França. Os Estados Unidos levaram este que é considerado o maior prêmio gastronômico do planeta.

A equipe americana recebeu o maior prêmio da gastronomia do mundo na noite desta quarta-feira (25), em Lyon.
A equipe americana recebeu o maior prêmio da gastronomia do mundo na noite desta quarta-feira (25), em Lyon. Facebook/Bocuse d'Or
Publicidade

Daniella Franco, enviada especial da RFI a Lyon

O americano Mathew Peters se sagrou o melhor chef do mundo nesta quarta-feira. O resultado foi anunciado no encerramento do Sirha, o Salão Internacional da Restauração e da Gastronomia, na cidade de Lyon. Ele concorreu com outras 23 equipes vindas de todos os continentes.

Em segundo lugar ficou o chef Christopher William Davidsen, da Noruega. Em terceiro, veio Viktor Andersson, da Islândia.

A chef alagoana Giovanna Grossi, de apenas 24 anos, obteve a 15ª colocação. Em seu Facebook, a jovem cozinheira comemorou a atuação. “O nosso trabalho terminou! Estamos felizes com o resultado, foi tudo como planejado! Quero agradecer a todos que nos ajudaram, que contribuíram e que torceram!!!”, publicou.

Olimpíada da gastronomia

O Bocuse d'Or é uma espécie de Olimpíada da gastronomia, que acontece a cada dois anos.Quem criou o concurso, que esse ano chegou a sua 30a edição, foi o renomado chef francês Paul Bocuse.

Para selecionar os 24 finalistas, eliminatórias são realizadas em alguns países, entre eles, o Brasil. Depois, a competição entra em uma fase regional. Foi esse caminho que seguiu a chef alagoana, que venceu o Bocuse d'Or Rio em 2015 e a etapa latino-americana, no México, no ano passado.

Nesta final do Bocuse, os 24 candidatos se apresentaram em duas baterias: 12 passaram na terça-feira e outros 12 nesta quarta-feira. No momento da competição, dentro de uma cozinha de 18 m2, todas as equipes contam com o chef principal e um ajudante. Um chef terinador coordena a atuação do lado de fora da cozinha. Giovanna Grossi, por exemplo, contou com o apoio do chef Nicholas Santos e o treinador Victor Vasconcellos.

Desafio em cinco horas e 35 minutos

O desafio de todas as equipes concorrentes é o mesmo: cozinhar dois pratos em exatas cinco horas e 35 minutos. As receitas base mudam a cada edição. Neste ano, os candidatos tinham a obrigação de criar um prato apenas com legumes - uma novidade no concurso - e uma releitura do frango de Brest com crustáceos, uma receita originalmente assinada por Paul Bocuse.

Os ingredientes obrigatórios são selecionados pela organização do concurso. Cabe à cada equipe escolher alguns ingredientes para dar uma personalidade original ao prato.

Segundo o chef Andrews Valentim, que integra a equipe de sete chefs que vieram com Giovanna disputar a final na França, o objetivo era dar uma "cara brasileira" aos pratos. Por isso, para o prato de legumes, eles escolheram mandioquinha e jiló. Para o prato com frango, o diferencial ficou por conta da popunha e do cambuci.

Destreza e habilidade

Giovanna Grossi executou as tarefas com destreza e habilidade. A chef aparentou tranquilidade durante as mais de cinco horas de competição, apoiada por uma torcida formada por familiares e amigos. Islandeses, marroquinos e americanos também se destacaram nas arquibancadas do auditório onde a final do concurso foi realizada.

As participações de Giovanna e da uruguaia Jessika Toni foram elogiadas pela chef luxemburguesa Léa Linster, quando todos os vencedores do Bocuse d’Or entraram em cena – um momento emocionante do evento, no final desta tarde. Linster foi a única cozinheira mulher a conquistar o Bocuse d'Or em 30 anos de existência da competição. "Há ótimas chefs mulheres em todo o mundo. Muitas deveriam estar aqui hoje", declarou, diante de um juri 100% masculino.

Giovanna e Jessika eram as únicas mulheres competidoras desta edição, entre 22 chefs homens. A alagoana, aliás, é a primeira brasileira mulher a chegar à final do Bocuse d'Or.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.