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Nova manifestação contra agressão sexual de rapaz pela polícia em Paris

Centenas de manifestantes se reuniram quarta-feira (15) no norte de Paris para denunciar a violência policial do "caso Théo", o estudante negro de 22 anos que foi agredido sexualmente com um cassetete durante uma operação policial no último dia 2 de fevereiro. Os manifestantes queimaram lixeiras e entraram confronto com as forças de ordem.

"Diante da violência policial, sejamos ingovernáveis", diz a faixa, na frente de lixeira queimadas nesta quarta-feira (15) em Paris.
"Diante da violência policial, sejamos ingovernáveis", diz a faixa, na frente de lixeira queimadas nesta quarta-feira (15) em Paris. REUTERS/Christian Hartmann
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Os manifestantes se reuniram a partir de 18h locais na estação de metrô Barbès, na região norte de Paris. Entre eles, muitos militantes antifascistas e anarquistas, que chegaram a queimar detritos no início da noite desta quarta-feira (15). Encapuzados ou mascarados, eles incendiaram latas de lixo, jogaram algumas garrafas e outros projéteis contra a polícia, que respondeu disparando gás lacrimogêneo. A calma voltou após as 20h e a multidão se dispersou.

Os manifestantes traziam cartazes com frases como "Violência policial: o fim da impunidade" e "Diante da violência policial, sejamos ingovernáveis". A multidão também cantou palavras de ordem como "todo mundo odeia a polícia" ou "a polícia é racista", o grupo tentou várias vezes deixar o cruzamento do metrô Barbès e sair ir em passeata, antes de ser completamente dispersado pelo gás lacrimogêneo. A estação de metrô foi fechada, assim como o comércio local. Parte do tráfego foi bloqueado no perímetro dos confrontos.

Em Rennes (noroeste do país), cerca de 120 manifestantes marcharam também nesta quarta-feira, no final da tarde, e dezenas de protestos aconteceram em Toulouse (sudoeste da França) sem incidentes, de acordo com a agência AFP.

As manifestações se multiplicaram na região de Paris, mas também nos departamentos franceses, desde a prisão violenta do estudante Théo, um jovem negro de 22 anos, no dia 2 de fevereiro, em Aulnay-sous-Bois (Seine-Saint-Denis), na região parisiense.

Apesar dos apelos por calma feitos pelo próprio Théo e pelo governo francês, muitos incidentes continuam ocorrendo nos subúrbios de Paris, desde o dia 4 de fevereiro. Doze pessoas foram presas na noite de terça (14) para quarta-feira (15), de acordo com uma fonte policial.

 

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