Acessar o conteúdo principal
Alimentação

Etiqueta como sinal de trânsito ajudará a combater obesidade na França

Um terço dos franceses estão acima do peso, enquanto 15% da população, cerca de 7 milhões de pessoas, sofrem de obesidade. Agora, uma nova etiqueta nos alimentos industrializados pode ajudar os cidadãos a se alimentar de um modo mais saudável.

Sinal verde para se alimentar bem. Vermelho para comer com muita moderação.
Sinal verde para se alimentar bem. Vermelho para comer com muita moderação. Ministère de la Santé
Publicidade

Quantas vezes você já tentou entender a etiqueta de informações nutricionais nos produtos que você compra? Entre o jargão profissional e números percentuais que não lhe informam nada, você acaba ignorando a notificação para comer, sem culpa, aquela lasanha congelada, aquela pasta de chocolate, aquele biscoito irresistível. Não seria melhor que os produtos exibissem uma etiqueta informativa mais clara?

Na França, a situação começou a melhorar a partir desta quarta-feira (15) com a aprovação pelo ministério da Saúde de um novo sistema de informação nutricional, que pretende facilitar a vida do consumidor preocupado com a sua alimentação.

O sistema, conhecido como Nutri-Score ou 5C, simplifica a informação dividindo os produtos industrializados em cinco categorias, marcadas por cores e letras.

Os produtos são categorizados a partir de uma fórmula que calcula a quantidade de nutrientes para cada 100 gramas. Quanto mais frutas, legumes, fibras e proteínas, mais pontos. Quanto mais açúcar, sal e gordura, menos pontos.

O lobby contra é grande

A medida, fortemente combatida pela Associação Nacional da Indústria Alimentar (ANIA), só foi tomada depois de testes em dezenas de supermercados em todo o país. Aos consumidores foram oferecidos quatro sistemas diferentes de informação, sendo que um deles foi criado pela própria ANIA.

Depois de dez semanas, os pesquisadores não tinham mais dúvidas: os consumidores preferem o Nutri-Score criado pelo Plano Nacional de Nutrição e Saúde, um sistema mais claro e lúdico, como um sinal de trânsito com cinco cores. De “A verde-escuro”, para os alimentos bons para a saúde, a “E vermelho” para os alimentos que contêm mais substâncias maléficas do que benéficas.

Cabe agora ao ministério da Saúde lançar a recomendação do novo sistema de informação em abril, ainda que as etiquetas não sejam obrigatórias.

“Eu conto com a pressão dos consumidores para que os industriais se engajem na campanha adotando a etiqueta em seus produtos”, declarou a ministra da Saúde Marisol Touraine.

NewsletterReceba a newsletter diária RFI: noticiários, reportagens, entrevistas, análises, perfis, emissões, programas.

Acompanhe todas as notícias internacionais baixando o aplicativo da RFI

Compartilhar :
Página não encontrada

O conteúdo ao qual você tenta acessar não existe ou não está mais disponível.