Homem que atacou militar no aeroporto de Orly era francês radicalizado
O homem que foi morto neste sábado (18) depois de atacar militares no terminal internacional do aeroporto de Orly, na região parisiense, é um francês de 39 anos que era procurado pela polícia judiciária. Em 2015, ele foi identificado como "radicalizado", mas uma investigação administrativa não resultou em indiciamento.
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No cadastro de antecedentes do agressor, há nove menções de infrações ao direito comum, entre elas roubo à mão armada e tráfico de drogas. A polícia deteve o pai e o irmão do agressor para interrogatório.
O ataque contra o grupo de três militares no aeroporto de Orly, incluindo uma mulher, aconteceu por volta de 8h30 no horário local, 4h30 pelo horário de Brasília. O agressor, segundo o ministro da Defesa, Jean-Yves Le Drian, atacou a mulher. Uma hora e meia mais cedo, o mesmo homem atirou contra policiais que faziam uma blitz em Garges-lès-Gonesse, ao norte da região metropolitana de Paris. Um policial ficou levemente ferido nessa ação.
Um passageiro que testemunhou a cena no terminal sul, e se identificou apenas como Dominique, de 58 anos, contou que o suspeito agarrou a militar pelo pescoço e apontou a arma que ela carregava contra os dois colegas de patrulha. O francês estava no aeroporto para viajar com a esposa para a República Dominicana. O casal presenciou a cena de um mezanino no primeiro andar.
Três mil passageiros e funcionários que se encontravam em Orly foram evacuados pela polícia, depois de ficarem confinados por alguns minutos. O tráfego aéreo foi interrompido nos dois terminais durante algumas horas. A ala oeste foi reaberta às 13h para pousos e decolagens; a aula sul às 15h.
Atentado não deixa feridos
O ataque não deixou feridos, segundo o Ministério do Interior. O presidente François Hollande cumprimentou os militares pela "coragem e eficácia". Assustados com o ocorrido, eles foram socorridos por uma equipe do resgate.
Em um comunicado divulgado pelo Palácio do Eliseu, Hollande afirma que a França "manterá a vigilância no nível mais elevado". O presidente reiterou "a determinação do Estado de lutar contra o terrorismo para defender a segurança dos franceses e do território".
O atentado em Orly acontece um mês e meio depois de um egípcio de 29 anos atacar militares que patrulhavam a galeria comercial no Museu do Louvre. O suspeito, que entrou na França como turista, tentou ferir soldados com um machado, gritando "Deus é Grande", em árabe, antes de ser preso pela polícia. A expressão é ultilizada com frequência por jihadistas.
Segundo aeroporto da região parisiense
O terminal Orly-Sul, que acolhe 10 milhões de passageiros por ano, é especializado em voos internacionais. A ala conhecida como Orly-Oeste opera voos domésticos para a França e a Europa. Trinta e seis companhias aéreas utilizam o aeroporto, que é o segundo maior da região parisiense. Em 2016, os dois terminais registraram 31,3 milhões de passageiros.
Muitos brasileiros utilizam as companhias Iberia e TAP nesse aeroporto francês para voar até Madri e Lisboa, de onde partem conexões para o Brasil.
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