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França/ataque

Autor de ataque ao aeroporto de Orly tinha bebido e usado drogas

O autor da tentativa de atentado ocorrida neste sábado (18) no aeroporto de Orly, na região parisiense, Zyed Ben Belgacem, tinha bebido e usado drogas, de acordo com a autópsia realizada pela polícia. O homem atacou uma militar de uma patrulha e se disse pronto para “morrer em nome de Allah”.

O homem que foi morto neste sábado (18) depois de atacar militares no terminal internacional do aeroporto de Orly
O homem que foi morto neste sábado (18) depois de atacar militares no terminal internacional do aeroporto de Orly REUTERS/CCTV via Twitter
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As análises, feitas neste domingo (19), reveleram uma taxa de 0,93 gramas de álcool por litro de sangue e a presença de maconha e cocaína. O franco-tunisiano Zyed Bem Belgacem, 39 anos, já havia sido condenado diversas vezes por roubo e tráfico de entorpecentes. Além disso, ele tinha se convertido ao Islã radical na prisão.

De acordo com as investigações, Zied provavelmente agiu sozinho. Depois de roubar um carro, atirar em policiais durante uma Blitz na estrada e ameaçar clientes em um bar da periferia parisiense, ele chega a Orly, toma uma militar como refém, e a ameaça com um revólver na cabeça. Enquanto Zied tenta desarmá-la para pegar seu fusil, é atingido mortalmente pelos outros militares da operação Sentinela, criada para reforçar a luta contra o terrorismo depois do atentado contra o jornal satírico Charlie Hebdo, em Paris.

Mais de 3 mil pessoas foram evacuadas do aeroporto depois do incidente. O irmão e o primo de Zyed, que se apresentaram espontaneamente na delegacia, já foram liberados. O pai dele, que também foi detido para interrogatório, já havia sido libertado no sábado. Segundo o procurador de Paris, François Molins, Zyed era extremamente perigoso e tinha entrado em “uma espiral de destruição”.

Aeroportos são contra revista na entrada

O presidente do grupo que administra os aeroportos de Paris, Augustin de Romanet, se disse contrário às revistas na entrada do aeroporto, dois dias depois do ataque. Em entrevista à rádio France Inter, as filas de espera vão aumentar, criando “novos alvos” para os terroristas.

Sem contar o engarrafamento que isso geraria no local, disse Romanet. Ele defendeu a utilização de câmeras de segurança com reconhecimento facial para controlar o trânsito dos usuários.

No total, mais 7 mil pessoas fazem a segurança nos aeroportos de Roissy, Orly e Le Bourget, por onde passam, todos os anos, mais de 66 milhões de pessoas e 30 milhões de passageiros.

 

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