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Incerteza é total antes do primeiro turno, diz imprensa francesa

Incerteza. Suspense. Indecisão. Estes são os temas que afloram, segundo a imprensa francesa desta terça-feira (18), na última semana antes do primeiro turno da campanha presidencial que movimenta o país.

Os jornais franceses Libération, Aujourd'hui en France e Le Figaro comentam a indecisão dos franceses quanto ao voto para as próximas eleições.
Os jornais franceses Libération, Aujourd'hui en France e Le Figaro comentam a indecisão dos franceses quanto ao voto para as próximas eleições. RFI
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"A seis dias do primeiro turno, a incerteza é total", escreve em matéria de capa o jornal francês Le Figaro. "Os quatro candidatos que lideram a corrida realizam seus últimos esforços na campanha e o suspense aumenta", continua o diário, afirmando que, nas pesquisas, a diferença entre os quatro candidatos principais não pára de diminuir". "Tensão máxima na reta final", continua Le Figaro, que analisa: "Os quatro candidatos principais afinam suas respectivas estratégias na linha de chegada do primeiro turno".

Já o jornal Aujourd'hui en France traz uma capa mais dramática, com a manchete "Segunda-feira que vem será tarde demais". A chamada é destinada aos abstencionistas e indecisos, que, segundo a publicação fazem desta eleição presidencial uma das mais incertas que os franceses já conheceram em sua história. "Restam apenas seis dias para que vocês escolham", pressiona Aujord'hui en France, que pergunta: "O abstencionismo, o maior partido da França?".

"Domingo, o primeiro turno da eleição presidencial poderá ser marcado por um triste recorde, o da abstenção. E isso não ajudará forçosamente os extremos", analisa Aujourd'hui en France. "Com 35% de intenções de não-votar, a abstenção corre o risco de atingir os picos de preferência pública numa eleição presidencial, excedendo o recorde de 2002, na época, à 28,4%. Ainda mais inquietante é o fato de um a cada dois jovens entre 18 e 25 anos se diz pronto a boicotar este direito e este dever cidadão, adquirido em 1848 para os homens e em 1944 para as mulheres", publica o jornal.

Boicotar as urnas

"Por que os franceses estão dispostos a boicotar as urnas?", pergunta Aujourd'hui en France, que analisa - "nem todos são adeptos do desgosto generalizado por todos os candidatos. Existem também eleitores que recusam o voto útil e de deixar em casa suas convicções, os mesmos que acreditam que estes dois turnos eleitorais não mudarão nada em suas vidas, mesmo correndo o risco de se arrependerem depois", responde. "Não ter remorsos no dia seguinte é a melhor razão para ir votar", afirma o presidente francês, François Hollande, citado pelo jornal.

O diário econômico Les Echos faz coro com o resto da imprensa francesa, afirmando que "os candidatos estão lado a lado e o resultado jamais foi tão incerto". Com a manchete: "Presidenciais: um sprint final indeciso como nunca, Les Echos analisa o desafio para cada um dos cinco principais candidatos.

Segundo o diário econômico, Jean-Luc Mélenchon deverá saber manter o excelente ritmo das últimas semanas, o socialista Benoît Hamon deverá fazer de tudo para evitar um score humilhante, uma vez que caiu vertiginosamente para abaixo das 10% de intenções de voto; Emmanuel Macron deverá evitar que sua campanha murche na reta final, para não queimar a largada; o candidato da direita, François Fillon, desmoralizado por escândalos, deverá manter unida sua base e Marine Le Pen, da extrema-direita, deverá simplesmente assegurar sua qualificação para o segundo turno.

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